quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
trilhos de Lai...para Saudades
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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4 comentários:
Talves tenha saído a voar por essas árvores altas, Lai, a princesa à qual lhe nasceram um dia asas. Estava Lai a olhar a sua imagem no espelho do lago, perto do canteiro das rosas, quando ouviu entre o ruuído pos pássaros, aquela subtil música que a chamava: "Era ali, era ali!" pensava e as suas asas azuis ganharam nova força. Acima da torre, muito acima das árvores mais altas do jardim; acima, muito acima do canteiro das rosas, Lai sonhava que um dia a torre haveria de brilhar como um coral dentro das águas do mar. Antes de vir a Sereia, Saudades chorou durante muitos anos para encher o lago. Era um lago mágico, quem nele passava ganhava asas transparentes. E foi assim que em Sintra, todos os candeeiros têm um brilho melancólico e toda a chuva é luz. Lai foi ver o mar nascer dentro da torre, e a torre era a escarpa de uma montanha onde nasciam...
Um beijo Frag. de Saudades e de Lai, a princesa Lai, do jardim das rosas! Um beijo, Lai!
Emendo, por ser engano, a palavra "Talves" que é, evidentemente, "Talvez".
E pelo bosque encantado, Lai, e a Jardineira das Rosas,cruzavam os seus fragmentos poe entre a vegetação esplêndida da Regaleira, por entre deuses e demónios.
O bosque encantado...de Iabel também? Certamente...E pelo silêncio, na bruma, o Anjo da Montanha entoa a secreta prece da felicidade e (d)escreve-a com o seu olhar de Primavera, capaz de desabrochar rosas multicolores, e não apenas em mescla de preto e de branco.
Mas o encanto de Lai reside no Monte da Lua. Caminha com o seu tao ao pescoço e sente-se filha da floresta, parte da gruta, do musgo e da água da fonte. Chóra. Sorri. Entristece-se. Katharsis. Capuchos é o seu local mágico. Sente a sua energia. Estranha. Atordoante. E refugia-se, numa cela. É boa a solidão e a quietude. O vazio aparente. O pleno desapego. E ora. Com saudade, de ser, ou de não ser...
Regressa para junto do a.mar e diante da maré, renova o seu voto de fé.
"o Universo é Amor" - Baba Nam Kevalam
Suspira. Parte. E regressa. Regressa. E parte.
Peregrina. Filha do mundo.
Pó de estrela - de céu, ou de mar?. Grão de areia - de praia, ou de deserto?
E agradece por ser também essência de Lai em coração de Saudades.
Obrigada pelo teu carinho e sabedoria! Namasté
Conversa de fadas! JCN
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