O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

"O Pensamento Poético é [...] a Caldeira onde se gera o não-pensamento - a Meditação"

"O Pensamento Poético é, direi, a arma com que a lógica e a intuição são desmembradas depois de um foco as ter tomado em conjunto, é, direi, a Caldeira onde se gera o não-pensamento - a Meditação"

- António Maria Lisboa

8 comentários:

Magno jardim disse...

Sentir

Magno jardim disse...

-

Magno jardim disse...

se

rmf disse...

Serão, neste caso, 0/0, ∞-∞, ∞/∞, 0x∞, as indeterminações entre o nada e o infinito que geram em brando lume o plasma de um vislumbre perceptivo incompartimentado na ausência d'absolutos.

Será esta caldeira uma reminiscência-berço do caos, que por via conectiva ao transcendente gera a última percepção estabelecendo a ligação do equilíbrio ao preceito?

Sentir-se, sim. Inexpressando-se incluso, para lá do ínfimo gerador cónico que se revoluciona em geometria.

Magno jardim disse...

Completamente
Agora respira
sente e vive.

João de Castro Nunes disse...

Que caldeirada de... patetices! JCN

Julio Teixeira disse...

Estou muito triste com a minha patetice.
Pensei que a intuição fosse uma forma de pensamento abstrato, mais sutil.
Não-pensamento - a meditação? Que triste, fiquei!

Pensei que miditar fosse ditar a mim mesmo! Mas como ditar a mim mesmo sem pensar?

Ruiu o meu mundo.

Virou mesmo uma caldeirada.

João de Castro Nunes disse...

O meu Amigo Júlio pôs o dedo na ferida: andamos todos, em caldeirada, a brincar aos Portugais! JCN