O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 14 de junho de 2009

Parede na minha rua: frente e verso


12 comentários:

Unknown disse...

acho que essa dava um filme.
um graaande filme.
:))

guvidu disse...

idealista quem escreveu isso...amor incondicional só mesmo o paternal/m,aternal, quanto aos outos, blahhhh...mas gostei mt deste post :)

Anónimo disse...

Ainda há quem creia na permanência...

Anónimo disse...

ainda bem, mas tudo é impermanência!...

fragmentus

Unknown disse...

excepto (o) nada

Anónimo disse...

que é tudo ;)

frag.

Rasputine disse...

O estado é o preservativo do cio popular

Luiz Pires dos Reys disse...

Parece-me que os comentários, até agora, estão todos reféns da "temporalidade", de que almejamm também todos libertar-se: puro engano!

Uma qualquer moção de amor, qualquer que seja a sua intensidade e objecto, radica e ancora sempre "fora do tempo": é contra-corrente deste! Mas está necessariamente "no tempo". É isso que lhe confere a razão mesma de se a ver "fora do tempo", passando dentro dele.

É feito daquilo mesmo de que ele não é feito: a inestabilizável mutabilidade.
Por esta simples razão: amor, amar, semeia eternidade no próprio deserto da sua ausência.

Eis o que torna incortornáveis e eternamente revisitáveis os dramas e não-dramas do amor e do amar humanos ...
Até mesmo estas minhas palavras o confirmam, na sua própria contradição.

... Por isso, 20 milhões de anos, tal como na foto, parece-me "ontem": porque é de "hoje" e de "sempre"...

Gratíssimo, Tamborim!

Anónimo disse...

"É feito daquilo mesmo de que ele não é feito: a inestabilizável mutabilidade.
Por esta simples razão: amor, amar, semeia eternidade no próprio deserto da sua ausência." - pura sabedoria! leio, e até fico sem fôlego...

frag.

rmf disse...

Tamborim, seria possível "repostar" a fotografia por forma a ler o descritivo?
Adianto, por mera curiosidade geológica.

Grato! Um abraço!

Tamborim disse...

http://triplov.com/galopim/bryozoa/jazida_estudo.htm

Grata a todos.

Rui,infelizmente não se consegue ler o texto a partir das fotografias, dada a necessária distância a que foram tiradas. Mas no link acima pode encontrar informações sobre o geomonumento. Se continuar interessado, terei todo o gosto em tirar uma fotografia ao descritivo se me deixar um e-mail para onde possa enviar, a fim de não sobrecarregar a Serpente:)

Abraço,

Tamborim

rmf disse...

Grato! Muito obrigado pela atenção :) Vou seguir o link que me enviou.

inpactu@gmail.com

Um abraço