segunda-feira, 29 de junho de 2009
O fim do homem neste mundo é libertar-se a si, libertando os outros seres
"Porque o desfecho e remate do homem não é gozar, repita-se. Se o mundo não existe para que o homem o saiba, odioso seria fantasiar que o universo continua subsistindo para que o desfrute o homem. Este erro antropocêntrico é a imoralíssima moral dos filósofos evolucionistas [...].
O fim do homem neste mundo é libertar-se a si, libertando os outros seres.[...]
A moral religiosa é falsa, porque é a moral do indivíduo. A moral filosófica, à maneira materialista, positivista, evolucionista, livre-pensante, é falsa, porque exclui os animais. A moral ascética é falsa, porque exclui as coisas.
O ascetismo e o abandono são falsos, porque importariam ou a salvação pessoal ou, tão só, a sectarista. A não resistência ao mal é falsa, porque, precisamente, eliminar o mal é o fim do homem, único e supremo.
Não foi Tolstoi. Quem encontrou a palavra do enigma foi o poeta alemão Novalis. Novalis escreveu que: - o fim do Homem é ajudar a evolução da Natureza. Esta palavra vai até o fundo do fundo do abismo. Nunca nenhuma assim sublime brotou de lábios inspirados. O fim do Homem é ajudar a evolução da Natureza.
Como? Trabalhando, para saber, a fim de poder. E, podendo, cumpre-lhe esquecer-se, não acreditando, como até aqui, que a decifração dos mistérios é para que sua curiosidade se satisfaça; para que, redundantemente, seus prazeres aumentem. O homem tem de dar contas do supremo dever que lhe incumbe, o dever para com a natureza inteira. Libertando-se a si, libertando os seus irmãos de espécie, ele contribuirá já para a grande libertação universal"
- Sampaio Bruno, A Ideia de Deus, Porto, Lello & Irmão, 1902, pp.468-470.
O fim do homem neste mundo é libertar-se a si, libertando os outros seres.[...]
A moral religiosa é falsa, porque é a moral do indivíduo. A moral filosófica, à maneira materialista, positivista, evolucionista, livre-pensante, é falsa, porque exclui os animais. A moral ascética é falsa, porque exclui as coisas.
O ascetismo e o abandono são falsos, porque importariam ou a salvação pessoal ou, tão só, a sectarista. A não resistência ao mal é falsa, porque, precisamente, eliminar o mal é o fim do homem, único e supremo.
Não foi Tolstoi. Quem encontrou a palavra do enigma foi o poeta alemão Novalis. Novalis escreveu que: - o fim do Homem é ajudar a evolução da Natureza. Esta palavra vai até o fundo do fundo do abismo. Nunca nenhuma assim sublime brotou de lábios inspirados. O fim do Homem é ajudar a evolução da Natureza.
Como? Trabalhando, para saber, a fim de poder. E, podendo, cumpre-lhe esquecer-se, não acreditando, como até aqui, que a decifração dos mistérios é para que sua curiosidade se satisfaça; para que, redundantemente, seus prazeres aumentem. O homem tem de dar contas do supremo dever que lhe incumbe, o dever para com a natureza inteira. Libertando-se a si, libertando os seus irmãos de espécie, ele contribuirá já para a grande libertação universal"
- Sampaio Bruno, A Ideia de Deus, Porto, Lello & Irmão, 1902, pp.468-470.
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13 comentários:
Elaboração de silhuetas (nível: profissional)
A manipulação de silhuetas obedece a um certo número de regras simples:
1. As silhuetas devem sempre aderir ao écran
2. Devem deslizar de lado, de preferência do lado direito dos espectadores
3. Todos os movimentos devem ser lentos e seguir o rebordo do écran
4. Convém contratar um operador de som
Há quem apresente personagens que deslizam em ranhuras de pranchetas fixadas no rebordo do caixilho. Este sistema é muito interessante quando se pretende o desfile duma longa série de silhuetas, por exemplo, várias crianças ou animais.
Importante: nenhuma sombra do operador deve aparecer.
Para evitar o embaraço atrás do écran, os actores que não intervêm de imediato sentam-se na primeira fila de espectadores, com a sua personagem ou acessório e aproximam-se dos bastidores quando chega o momento de actuarem.
Este trabalho exige uma grande delicadeza de gestos e muita atenção. Em geral, não está ao alcance de toda a gente… É esplendoroso e contam-se histórias extraordinárias de acontecimentos vividos ou inventados baseados na vida de quem nos interessar ou não interessar. Depois, toda a gente faz a crítica da sessão de forma construtiva, nunca difamante ou trocista e espera-se que o dia seguinte seja ainda melhor do que o anterior. Há até quem comemore a alegria proporcionada pelo espectáculo com champanhe.
A divulgação deste tipo de iniciativas concorre sempre para a formação intelectual do público e, por isso, há que manter as tradições, sendo que a imaginação é desenvolvida e a linguagem aperfeiçoa-se, o espírito de equipa é reforçado, o sentido estético promovido e sobretudo, facilita-se a comunicação.
Muito positivo.
Sampaio Bruno antecipou em quase um século uma das grande questões do nosso tempo, a crítica ética do especismo, feita por Peter Singer, entre outros!
Considerar que se pode fazer o que se quiser de seres vivos e sencientes, só por serem de uma espécie diferente, chama-se especismo, o mesmo repugnante esquema mental do racismo e do sexismo. Os animais não humanos escandalizam-se perante os campos de concentração nazis, mas criam o equivalente para milhões de animais. Basta pensar na criação intensiva de frangos nos aviários. Gostavam de estar na pele daqueles seres?
Mas ainda há muita ignorância e preconceitos... Vejam os comentários que surgem hoje no artigo do Público on line sobre o Partido Pelos Animais...
Na edição impressa saiu um artigo na página 9. Força PPA!
Tanta marmota hibernada!
Este assunto é sério. Recusar-se a reflectir sobre ele, com piadinhas estúpidas, é sinal de medo... ou de idiotia.
Passo a explanar:
Dada a complexidade da sintomatologia que se verifica nesta afecção, eu apostaria na esquizofrenia e não tanto na idiotia pois que apresento como trípode básica a desagregação associativa (não pertenço a qualquer clube desportivo), o autismo (dificuldade em ser influenciada) e claro a ambivalência (ser duplo, escrever com ambas as mãos, perda da unidade... funcional da mente para além de me ver ao espelho constantemente). Adianto ainda perturbações da afectividade (quase sempre me apetece bater nas pessoas furiosamente); das percepções da memória (que para mim sempre foram um mistério) e das percepções conativo-motoras (por razões óbvias que tenho vergonha de explicar).
Como vê (por favor, reparem no tratamento por "você" - sinal de profundo respeito), não é medo ou dislexia do mesmo. É doença e vai piorar.
Quanto à reflexologia, tenho medo de ficar também anorexica mental (dá-me vómitos) e, por isso, não pratico.
Precisava de partilhar isto com o exterior.
Mete o exterior no... interior e vai ver se estás em casa!
Alguém aqui sabe sequer quem foi Sampaio Bruno?
Também és esquizofrénico?
Se fores, vamos dar as mãos e falar deste problema para que outros possam ouvir e identificar-se connosco.
Estive agora a dar uma vista de olhos na vida do Zé Pereira. Um bocadito betinho, não? Quem é o duplo?
o que é a crítica do especismo, para o próprio singer é uma questão empolada pela reacção ás suas conferências na alemanha, de singer e segundo ele nada de novo.
pelos animais e por nós tristes animais (tigres) tudo.
viva a revolução.
Qual revolução? A de deixar os animais na paz dos campos de concentração e os homens na de ogres inconscientes?
Sublime é acreditar em milagres.
a sério? és um milagre.
Nunca fui tão sublimadamente insultada!
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