domingo, 7 de junho de 2009
"Sola", Diana Navarro
À alma-jardim de Saudades, boca em flor de luz,
e a Isabel Santiago, a seu olhar-lábio de cristal azul-infância:
ao que sabem...
sentir ...
"Sola"
El amor, tiene una verca
El amor tiene una verca
Que me lleva asta el dolor
Sola, sola con mi pena
Sola triste y sola
Sola con mi pena
Con mi pena sola
Sola con mi pena
Sola triste y sola
Sola en mi amargura
Sola triste y sola
Sola sola sola
Pena, y melancolia
Que vive en mi habitación
Sola unica amiga mia
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Sola, sola con mi pena
Sola triste y sola
Sola con mi pena
Con mi pena sola
Sola, sola con mi pena
Sola triste y sola
Sola en mi amargura
Sola triste y sola
Sola sola sola
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
19 comentários:
bonita canção
dedicatória a condizer
"A visão intelectual definha as cousas sobre que incide; rouba-lhes a cor e o perfume."
(turbamulta) Teixeira de Pascoaes
Nada é condizer. Infelizmente está bem assim.
O que é a alma?
A alma é (lapalissemente falando) o que "anima" o ânimo, Anómimo/a.
Isto é, o que desalma tudo em nós. Ou, simplesmente, não é alma.
A dificuldade da coisa é que todo o ser vivo "tem", presume-se, alguma forma de alma - inclusive, os humanos (rsrs)-, mas isso não basta: importa "ser"-se alma, vivê-la e nela ser vivo.
Diana Navarro é alguém que o demonstra sem necessidade de comentários.
Nota, a despropósito:
Comentar comentários é um jogo de espelhos centrado no ponto de fuga em que muito há quem se oculte de si.
É um "desporto" muito em voga.
Tu o sabes, que muito o praticas.
A alma é selvagem, é solidão, não se interpenetra, não faz cedências, não compreende o sentido da meta física, é a verdade única, é um terreno baldio sem dono, nem tempo que, um dia, foi divino.
Tu Lapdrey, nem isso consegues "ser"!Espelhinho de feira.
Bonita a canção não conhecia, mas a alma só fica só, quando teimamos em a aprisionar.
Namastê
Grato Lapdrey.
Belíssimo canto, belíssima dedicatória.
Escutar o canto da Vida para lá do vibrato das cordas vocais...
"la vida que es sólo el suelo de una melopeia"
Rebekah Del Río - Llorando
Sento-me, a meio da caminhada, e abrigado pelo vazio, oiço a luz do olhar que ilumina os campos à vossa passagem.
Um abraço às poetizas.
Um abraço Lapdrey.
Já agora, aproveito o embalo para vos dizer que foi um prazer todas as vezes que por aqui passei com o único intuito de vos ler, brincar, provocar-vos e aprender mais um pouco. Sei que, por vezes, o fiz com deselegância e, por isso, peço desculpa. Não quero, de forma alguma desformatar o blog com as minhas intervenções, nem estragar o que me fez voltar tantas vezes. Continuem a acreditar!
Até sempre.
“Eu vos abençoo, malucos, lunáticos, mágicos, criminosos, poetas! E os que saem para rua, sem chapéu, por divino esquecimento! E os que vão a falar só, pelos caminhos… e os que olham a lua, latindo intimamente… e os que se não conformam, os que não seguem a lei nem o costume -, todas as criaturas onde o anjo da infância sobrevive.”
Teixeira de Pascoaes – Senhora da noite verbo escuro
Agradeço a quem colocou videos ultimamente que veja se não desformatou o blog, pois a coluna da direita só aparece no fim...
Grato.
O olhar que fala é o olhar que escuta. A infância azul derrama-se para dentro da voz lamentativa de Diana Navarro, e desço a uma gruta, com a cabeça coberta de um manto azul, para escrever a canção num charco de água onde a voz, como os dedos, desenha círculos de som. Os sons vibram em cadeia até um não-lugar onde já não há palavras: há um abismo e sentir é ser e ser é sentir. Depois a própria beleza das imagens, como a melancolia, desfazer-se-á em "bruma plásmica", ferida-e-salva por esta voz, dissiparei todos os medos num grito único libertador como se cantasse com ela um mistério de sentir a tristeza íntima de tudo. O cristal deixará de existir porque dançarei no ventre de tudo e com tudo serei unidade emplumada.
Caríssimo Lapdrey a festa foi domingo e hoje vem a vontade de dançar...dançar sem começo nem fim...nem terei tempo para escrever as palavras certas, os círculos no charco deixarão o vestígio do que foi escutar o azul do infinito a atravessar-me par outros reinos.
chegou o ladey acabou-se a justiça, a brincadeira e tudo o mais que nos faz viver, e não somente sobreviver.
digo lapdrey, mas podia dizer o que ladra.
Boa noite.
Quem planta amor, colhe amizade...
Quem semeia a alegria, colhe felicidade...
Quem semeia a fé, colhe a certeza...
Quem semeia carinho, colhe gratidão...
Quem semeia a verdade, colhe confiança...
Maravilhosa smana.
(Respondo aqui, o que respondi do outro lado...)
Digo-lhe, amigo Lapdrey, que depois de um dia inteirinho a cumprir um dever cívico; aqui deparei com a beleza da voz que trouxe e das palavras, também.
Sei que sou essa alma desde o sangue de minha mãe. Nisso sou um jardim de Cadiz, de Sevilha, de Santa Cruz, de Málaga... Andaluzia...Alma cigana... não tenho dúvidas! De príncipes e de ciganos!...
Amo de paixão esse canto. É colo, é aquela parte de mim que ajoelha, sim! com paixão e salero! A outra... é uma antiga cicatriz na alma; uma funda e espessa dor e melancolia, fundíssima...
Mas este som que me traz é música familiar aos meus ouvidos...
E eu agradeço do coração, por estas memórias...
Um abraço franco.
Amigo Miguel Félix,
Que bela canção nos traz,"Llorando", maravilhosamente interpretada por Rebekah Del Rio. E as imagens...
Um abraço
... Quase ia dizer que a letra não estaria bem, que deveria ler-se "barca", que é o que me parce ouvir... mas mesmo que assim fosse... o que é que ia mudar?
O mesmo agradecimento e mais forte o abraço.
Entendido! :)
Um abraço,
não "Llorando" mas sim...
ess'outro unívoco "gerundivo", albergue de todos os sinónimos da felicidade! Esse! :)
Grato amiga.
Meu caro e bom amigo,
Esse "gerundivo" mais ou menos arrastado daqui do Sul ou de esse outro sol da Andaluzia.
Amei e não vou esquecer essa "llorona llorando"...
Um abraço de grande carinho
Enviar um comentário