(para acompanhar o fim de tarde)
domingo, 21 de junho de 2009
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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8 comentários:
E acompanha muito bem. Fotografia libertadora numa tarde plena em memórias e portanto em saudade, daquela que aperta o coração e de que se não sabe se passa. Como gostava de ter sempre este fogo dentro de mim C. e de estar perto de ti mesmo sabendo-te longe.
Liliana,
É uma tarde muito fresca em pôr-do-sol e encantadora moldura. São muito belas, na Primavera, as flores da cerejeira(?)... Trazem aqui a graciosidade e a frescura de uma terra menos quente. Árvore e fruto fazem-me lembrar e levam-me - e é com gosto que vou - para a terra dos meus. Lá havia pomares e pomares e dos frutos fazia brincos... e era uma criança... Tudo isso me põe lágrimas nos olhos, de felicidade! Obrigada por este momento em que a tarde, em solstício, se doira, assim: sem receio de que o Sol não volte, (porque sempre tememos,mesmo inconscientemente, que o percurso de fogo dos cavalos de Hélio caia subitamente na gruta onde sempre estamos. Neste instante, já estamos a nascer da morte...
Grata, em solstício de memórias.
E aí na gruta está fresquinho? Estão confortáveis com os pezinhos no tecto a olhar o chão?
Os olhos captam uma imagem. Os olhos vêm também com a alma.
A memória - é portadora de emoções.
A imagem por si despoleta emoções.
Em cada um de nós uma visão da mesma imagem, que em todos tem um ressoar diferente.
É bem verdade, Liliana! Em ambos os comentários, no entanto, o sentimento Saudade parece estar presente. Somos em saudade, pode dizer-se, ou da infância real ou imaginada, ou nem em uma nem em outra, mas no insituado lugar onde ela beija a eternidade, o eterno Agora.
N.B. Só quem está na curva não sabe para onde vai. Se para a escuridão da pedra, se para a Luz que imaginam existir...Se para o lado onde cresce a escuridão, se para o lado onde a luz aumenta... Ai que confusão!
Coitadinhos dos "morceguinhos" (que nos desculpem os mamíferos...) nestes dias andam confusos!
Um beijo Liliana
Não dês a curva, Saudades!
excelente foto...e tudo já foi dito :) bjs nuno,lili e saudds
frag.
“Em vez de evitar a guerra, a sua fuga, que o leva a todo e a nenhum lado, atravessa os bombardeamentos e pouco antes de ter de tomar conta dos nos petits crétins, é apanhado e ferido na cabeça por um golpe inesperado em Hannover durante um bombardeamento.
(…)
A situação foi piorando e acabou por levar à sua perseguição. “Depressa! Depressa! Assassinos…!”
Kenzaburo oe - “Dias Tranquilos”
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