O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 11 de junho de 2009


5 comentários:

Anónimo disse...

Profundamente bela e misteriosa esta imagem onde não me importaria nada de, num improvisado voo, sobrevoar e poisar de improviso...
Sobrevoar tais céus; seria como engolir na garganta o nó de um improvisado fado, um lamento de céu nas equilibradas nuvens a morrer no horizonte daquele amarelo morrente de todos os desassossegos...

Belo, belo. Parabéns! Gostei!
Guardo essa imgem no coração.
Quem sabe escreverei sobre ela e nela misturarei cores que o silêncio da imagem não perdoará à fala... mesmo que adoçada ou sussurrada, sobre as brisas mais leves do mais leve ar...

Agradecida.

Paulo Borges disse...

Bem vinda, Helena! Foto grandiosa como a visão que manifesta.

Luiz Pires dos Reys disse...

Iluminante e muito "activante" foto, por certo.

Geografia interior, peregrinação dos sentidos: êxtase do (in)vísível...

Viva(-se) o viver de improviso!
Dá boa saúde, e aconselha-se...

fas disse...

Que bom trabalho. O belo e o bem juntos novamente. Parabéns.

Tamborim disse...

Magnífica, belíssima, inquietantíssima, íssima, íssima...