O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Somos um sonho a desvanecer-se sem deixar traços

“[…] Yeah, all which it inherit, shall dissolve, / And, like this insubstantial pageant faded, / Leave not a rack behind. We are such stuff / As dreams are made on; and our little life / Is rounded with a sleep […]"

– William Shakespeare, The Tempest, Acto IV, Cena I, linha 155.

3 comentários:

baal disse...

nós herdamos o nevoeiro. o dos sentidos e o da cultura. a nossa substância desvanece-se. somos um sonho e a nossa vida é o sono de outrém.
mas sobrevivemos. felizmente?

Ophyussae disse...

E um traço a desvanecer-se sem deixar sonhos...

Anónimo disse...

A minmha tristeza é infinita.