terça-feira, 16 de junho de 2009
O sonho e a erecção
"De noite, o sinal de que há um sonho é a erecção.
De dia, desde que há erecção, é o sinal de um sonho"
- Pascal Quignard, Le nom sur le bout de la langue, p.76.
De dia, desde que há erecção, é o sinal de um sonho"
- Pascal Quignard, Le nom sur le bout de la langue, p.76.
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25 comentários:
O eixo do mundo é muito sensível às imagens oníricas... Recordam-no do que há antes de se nascer. Todo o eros tende para isso e todo o sexo é no fundo isso. Saudade ardente, experiência viva do estado primordial, sem eu nem tu.
existe 'viagra' onírico?
frag.
como diria o outro:
"ir é são"
ou sonho?
É burro!
Ah, ela é bela com os cabelos negros para cima,
mergulhando cada vez mais no fundo do canal,
e subindo lentamente à superfície,
as suas voluptuosas pernas surgindo pouco a pouco da espuma...
Deus é um só! Mas eis que no crepúsculo
divina e graciosamente Afrodite sai do mar em minha direcção.
O sonho é a erecção em nós da memória e da Saudade.
Ardências...
Grata, Casto Severo
Ardências demasiado etéreas... Iluminará, um fogo que não queima!?
"amor é fogo que arde sem se ver" - camões...não vemos, mas sentimos!queimar-se-á o amor? ou só queima em nós?
frag (anónimo anterior)
Saudds, essas ardências são as ditas 'poisagens'?
Anonímias várias,
Experimenta tocar (mesmo) em sonho!
Querida Frag,
Não são, não, minha amiga.
"poisagens" ou "poisar" nas viagens ou nas paisagens, é contemplar e absorver o silêncio do que está a ser na eternidade do instante.
Em certa media, ardências são "poisagens" erotizadas, em estado primordial...
NB. Já a Saudades não pode arder... que ninguém acredita que a "castidade" queima...
Um sorriso
«ardências são "poisagens" erotizadas, em estado primordial...» - pois, bem me parecia que o sentido esteva de facto próximo de eros
(essa da castidade...não atingi :(
outro sorriso, namastê
frag
Meus caros, tanta converseta para dizer:
Erecto? É de homem!
De amazona mulher também?
De noite ou de dia...! Faz diferença?
Haja sonho, ou sinal de um sonho...
É diferente?
Hum... "sur le bout de la langue"...
(perigosa, a língua, hein?!)
A cada um, a leitura que o lê...
Saudação! Erecta!
No sonho..., ou no sinal dele ...!
Meu caro Lapdrey,
Porque será que “erectu”, condição do Homem desde que é bípede causa sempre tantas confusões e sarcasmos? Perfeitamente dispensável seria o – cito: “De amazona mulher também?”
Há aqui confusão e da grande! - presumo.
Quanto ao título e ao autor, se me é permitido, aconselho a quem tenha sensibilidade para a beleza da antiquíssima voz que vibra desde o passado anterior ao nascimento...
“O sonho comanda a vida”, esta é para o Lapdrey ter espaço de manobra, enfim... (riso), para lhe facilitar os argumentos e para exercitar a “lente”, perdão, a mente.
Uma boa noite.
Saudades, eu sou do tempo (credo!) em que no livro do Genesis se escrevia (traduzindo) "varão e "varoa".
Porque seria?
Quanto à do “O sonho comanda a vida”, confesso, cansei do pobre Gedeão, à custa do cantiguista que parece não ter tido, de Abril para cá, inspiração para mais nada que se visse, e ouvisse.
Não sei qual seja mais coitado: se o poeta (fadado a ser cantado em cançoneta de embalar anti-fascistas noltálgicos), se o Freire, alquimista dos idos dos abris do vira o disco e toca a "Pedra"..
Uma boa noite!
(agora vou... relaxar a “lente”, perdão, a mente)
Diz bem ser do tempo do Genesis, não era o nome de um grupo musical? Desculpe a distracção (deve ser da lente embaciada do calor; falamos do tempo da costela? Está bem, recuando ao meu tempo, ao dos nossos primeiros bípedes, tanto os varões como as varoas andavam sobre os dois pés, ficando as mãos disponíveis para coçar a cabeça, endireitar as lentes (dos óculos, claro!); levar os frutos à boca, etc.
Quanto ao sonho era de dia ou de noite? Deve ter reformado o Freire, o Gedeão, de certo modo também. Não ser se eram coitados. Explique-me uma coisa, Lapdrey (que os meus alunos não lêem este blog) coitados vem de coita não vem? Juro que não é da “pedra”, eu nem sequer sou filósofa.
Faz bem em relaxar, mas não abuse, é preciso manter sempre o cérebro ocupado. Mas não com as ninharias e bizarrias e embirrâncias de Saudades.
Relaxe.
Só pelas "embirrâncias", aqui vai mais uma ninharia e bizarria:
A "pedra" era a filosofal, dessa dupla memorável Manuel (Gedeão?) & António (Freire?). Parece até o nome dum daqueles grupos brasucas de música tal e tal, tipo "reino de deus".
Esses Genesis, inesquecíveis, sim, mas ainda (e só) com Peter Gabriel: depois aquilo foi apenas uma mimetice prolongada do Collins, o Filipinho lá dos tambores, esganiçando o pífaro "à P.Gabriel".
Nem aos calcanhares.
Pudera, o moçoilo é baixinhito, e tudo. Nunca daria.
(Ah, e aquele génio do Steve Hackett, aquelas quase imperceptíveis frases de guitarra ...)
Ó Saudades, já me puxou a veia para a saudade, hum?
Quanto ao sonho: é já sabido - não temos como não estar a sonhar, de dia ou de noite.
Quanto ao relaxar da mioleira, tive um workshop com um guru golfinho, que ensina como ter sempre o cérebro em estado de vigília: não como nós, que desligamos as duas metadinhas ao mesmo tempo (tadinhos), mas como eles, golfinhos, que trabalham alternadamente com uma e outra metade da cinzentice: evoluídos, hein?
E não precisam cá de lentes, nem paracelsos para dormir...
Ah, quanto àquilo dos nossos primeiros avoengos bípedes: não esqueceu de mencionar a parra?
As mãos também ficavam disponíveis para ela ajeitar a parra dele, certo? Sei lá, tal como agora ela ajeita a gravata delenão é?
Bem... Vou indo. É melhor.
Cá me parece é que vou ter um pesadelo com o maroto do Pascal Quignard...
Culpa do senhor Severo, ainda para mais Casto, pois então? Ele há coisas...
Quando te leio irrealizo-me.
Ricoeur, mon chèr Paul, se bem percebo, isso é bom, ainda que pareça mau! Ou o contrário.
Já cansa termos de realizar-nos.
Qu'é lá isso?
Bom mesmo é, sem dúvida, irrealizarmo-nos, para que taoisticamente a coisa resulte em "taozada" final. Pobre Lao Tsé!
Aliás (tive uma ideia!):
porque não criar o Partido dos Irrealizados?
Iamos depois todos para Estrasbugo, "irrealizar" a carteira, como os outros todos, coitados.
Hum?
Escusa de vir, agora, com desculpinhas esfarrapadas...
Nem com trocas de nomes se safa!
Outra vez os “calcanhares”? Há-de estar sempre a relevar esse seu defeitozinho.
Genesis! Não sou desse tempo! Sou um pouco mais nova e isso faz alguma diferença! (gargalhadas espaçadas)
Não me diga? Eu sempre pensei (quem me manda a mim... se sei que sou fraca de mioleira...) que o meu amigo era um homem cuja mente está sempre “futurando-nos” com teorias das Cordas, e tudo... ( não são as da roupa, pois não?) se fosse perder por ninharias de saudades. Ai, ai!
Pois quando trabalhar com a metade do cérebro que sorri, é simpática e chega a ser doce, avise!
Não precisam de facto paracelsos, esses seres, nem de ter tais discípulos (já mergulhei... veja se me vê!)
Quanto à parra se a não referi foi por pudor, pois que não sabendo fazer o nó da gravata... já se vê que não podia referir o ajeitar da parra... tal como não referi, (como ousaria?) o uso das mãos livres para a comichão naquilo que não pode ser dito, mas semeado, ou será plantado que se diz!
Saladas que não interessam nada a este blogue e se não dão bem aqui.
Não quero mais falar consigo. Amanhã vou arranjar uma citação que lho diga melhor do que eu.
Adeus!
NB. Ainda vou ler a sua resposta a algo ou alguém irrealizado que não sei bem o que é. Pode inspirar-me a ter-lhe mais "rancor."
Pois é... com o Sr. Paul Ricoeur é outra história, não é?
Ainda tenho que trabalhar para a escola... como?
"O mal não se deixa encerrar no mal moral."
Boa frase, caro(a)Angiose (entrámos, ao que bem parece, na secção médica: é preciso tratar por Sr. Dr.? ou por Sôtor?)
A frase deixa alguma perplexidade.
Primeiro, se é angiopática propriedade do comentador ?(visto estar entre aspas, como se fora uma citação)
Segundo: se haverá mal moral que não seja redutível a mal, "tout court"?
Finalmente, por momentos fiquei anagramaticamente confundido, e ao de leve angustiado também, se não seria angiose um anagrama mal sucedido de "angoisse"...
Parece que não.
És irriestante. Merecias uma capa!
Ah, ah, ah! Ok!
Lapdrey, o homem da capa (negra, não!) ... emplumada! (risos)
Não me vejam é com o violetinha ou as falinhas mansas ("canalizadas", pois) do titio "Saint Germain" da Nova Era da treta e da "preta" da vovó Lena (Blavatsky), ok?
P.S. "Irriestante"? Gostei! Vai já para o caderninho dos impropérios. Pronto!
Provoca-me e vais ver a quantidade de caderninhos que lavrarás...
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