O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

da vida

'os gregos viviam e pensavam na natureza mas deixavam o espírito nos 'mistérios' enquanto que nós, nós vivemos sentimos e pensamos no espírito na reflexão, mas deixamos a natureza num profundo mistério alquímico'.

schelling

2 comentários:

Carlos Pires disse...

Há mistérios que cheguem no visível, não precisamos de misticismos. Não ganhamos nada em abandonar a via da razão. A liberdade que parece haver nos misticismos é uma ilusão.

baal disse...

a sociedade tecnológica afastou-nos da natureza com os resultados visíveis, penso que o importante é (re)tornarmos a compreender o nosso lugar e esse é junto da natureza e dos seus mistérios (nós próprios somos um), não é abandonar a razão o que está 'em cima da mesa' mas (re)pensar o caminho seguido.