O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Baile de máscaras

16 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Só falta que as serpentes se mascarem... de crocodilos e quejandos! JCN

Semente disse...

Uma máscara para: al, al, al...

outra para: onte, onte, onte...

;)

Anaedera disse...

Que as serpentes se mascarem?
Não anda esta senão já mascarada.

Magno jardim disse...

Que realidade toma uma mascara num baile ?

baal disse...

o que seria de nós sem a máscara?

Anaedera disse...

Num baile?
A mesma de sempre,
de todos os seus dias,
de máscara!

Magno jardim disse...

Realidade vazia
Fonte sem torneira
Arvore despida
Calor á lareira...

Anaedera disse...

Então assim é a serpente!

João de Castro Nunes disse...

Tanta prosa para se chegar... a conclusão nenhuma! Tenham ao menos graça. Façam rir, carago! JCN

Magno jardim disse...

Emplumada de alma,
Humana de coração.

Cnidária disse...

disfarce; símbolo de identificação; esconder a sua identidade; transfiguração; representação de espíritos da natureza, deuses, antepassados, seres sobrenaturais ou rosto de animais; participação em rituais(muitas vezes presente, porém sem utilização prática); interação com dança ou movimento; fundamental nas religiões animalistas; mero adereço...

escolha-se

Anónimo disse...
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Magno jardim disse...

Bota ou carteira ?

rmf disse...

Quanto à escultura, ou à fotografia, pouco direi.

Apenas diria que este conjunto de máscaras parecem serenamente revestir-nos, ou não, com seu halo de mistério, que, também ou não emergente em cada um, prefigura em segredo o sereno reflexo de uma pequena amostra representativa de espectros.

Para que se perceba, ou não, a escultura, é formada por velhas cepas de videira, torgas e carrascos, materiais restaurados segundo velhas técnicas, direi dessa forma, partilhadas por um artesão já entre os princípios do que eterno por vezes se considera. A escultura, já que trabalhava em máscaras, é, foi, será para sempre, uma homenagem que lhe presto.

O barro, neste caso terracota, religa o movimento à serenidade com esculpia as peças; a cortiça rolada pelo mar (em baixo, à direita), coincidente apenas nas histórias que brevemente partilhámos, sobre a suavidade ao toque, que lembra o oceano que nunca viu, em dias de espelhos, como que redescobrindo o que é; o homem de grandes olhos abertos quando por fim olhava para o que havia criado, e de olhar pequeno quando focado estudava pormenores... Julião.

(Não é muito confortável falar daquilo que se cria, as palavras encurtam-se no muito que diriam se minhas não fossem)

Mas, é carnaval, não é? Então, dancemos! Dancemos o baile das máscaras, inocentemente, como assinalada data que não é.

Grato pelos comentários, e um sorriso à Sereia, eia, eia, eia… :)

Abraços

Cnidária disse...

bota

Magno jardim disse...
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