O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

1/2 OUTONO


Cores do BRAzIL

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12 comentários:

Kunzang Dorje disse...

É a casa onde vive Alberto Caeiro?

baal disse...

é a casa onde o fp podia ter sobrevivido?

baal disse...

quadra p'ra gozar

na minha casa de campo
onde me refaço da vida
só há uma coisa de espanto
o mercedes que não atina.

saudações revolucionárias

João de Castro Nunes disse...

Afina o cavaquinho, carago! JCN

platero disse...

Kunzang (amigo)
:
Bom era que fosse

mas uma vez escrevi, com imodéstia assumida:

Pessoas
acredito em uma só
e é quando
sou EU
ou é
Fernando

grande abraço

baal disse...

ainda não foste jcn?
pensava que tinhas desistido.

platero disse...

BAAL
- o revolucionário da turma
-grato pela Quadra

Esclarecimento:
Ultimamente todos os meus carros são Mercêdes. Velhos mas Mercêdes.

ver se me lembro ainda de poema
"acaeirado" do tempo de meus fervores revolucionários. aí vai:

OS MERCEDÁRIOS

NOS SEUS NEGROS Mercêdes
passam os morgados
donos das herdades
e de prados verdes

vêm dos Casinos
com os olhos vermelhos
trazem os meninos
a ver os servos velhos

são-lhes bons exemplos
rugas e mazelas
do que faz o tempo
a quem não tem courelas

dizem-lhes: - não vedes,
velhos, enrugados
- sobem nos Mercêdes
partem confortados


era isto. E vou copiar - que já andava perdido.

grande abraço

baal disse...

abraço platero.
como calculas um revolucionário não deixava passar um mercêdes, mesmo velho (já é mau feitio).
saudações

baal disse...

e já agora, as quadras são actuais... como são cada vez mais os poemas de manuel da fonseca que deviamos tornar a ler.

João de Castro Nunes disse...

Será que vossemecê, senhor BAAL. sabe ler poemas?!... JCN

João de Castro Nunes disse...

Para BAAL:

Em jeito de despedida,
embora muito baixinho,
quero dizer-te, à partida:
"Afina esse cavaquinho!".

JCN

João de Castro Nunes disse...

Um mercedes, mesmo velho,
não deixa de ser mercedes,
como esse chaço que vedes
já não valendo um chavelho.

JCN