O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

"O pecado em mim diz «eu»". Criação e decriação em Simone Weil



Publicamos parte da comunicação que apresentaremos amanhã, 11 de Dezembro, pelas 14.30, em "Marginalidade e Alternativa. Jornada comemorativa do centenário de Simone Weil" (Anfiteatro IV, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa). O Colóquio abre às 10.00 com a comunicação de Sylvie Courtine-Denamy, "Enracinement et déracinement chez Simone Weil". É a oportunidade de conhecer uma das mais prodigiosas pensadoras, místicas e mulheres de acção do século XX.
Os números entre parênteses dizem respeito às páginas de La pesanteur et la grâce (Paris, Presses Pocket, 1993).


“O pecado em mim diz «eu»”: criação e decriação em Simone Weil


É tarefa eminentemente difícil escrever sobre Simone Weil e, sobretudo, sobre o centro da sua vida, a sua experiência espiritual, cuja profundidade a arrebata e torna dificilmente acessível às regiões superficiais onde se transacciona a vida comum ou convencional dos homens. Sem abrangermos toda a sua obra, queremos comentar um trecho que nos parece condensar muito do que há de mais fundo na sua visão e vivência, socorrendo-nos para tal de outras passagens dessa obra magistral que é La pesanteur et la grâce.

“O pecado em mim diz “eu”.
Eu sou tudo. Mas esse “eu” é Deus. E não é um eu.
O mal faz a distinção, impede que Deus seja equivalente a tudo.
É a minha miséria que faz que eu seja eu. É a miséria do universo que faz que, num sentido, Deus seja eu (isto é, uma pessoa)” (40).

Para compreendermos este fragmento, temos de o situar no contexto da visão que a autora tem da íntima articulação entre a criação divina e a humana decriação do seu ser criado. Com efeito, Simone Weil vê a criação como um perpétuo acto de amor de Deus a si mesmo “através de nós”, no qual esse mesmo amor que nos dá o ser nos permite a e convoca à voluntária e amorosa devolução disso que nos dá. O Deus criador perpetuamente mendiga junto do homem essa mesma existência que não lhe oferece senão para a mendigar, não amando em nós o sermos, mas antes “o consentimento a não ser”. É isso que faz da existência humana uma “espera” de Deus, no duplo sentido de um humano esperar Deus e de um divino esperar o homem, ou seja, o seu “consentimento a não existir” (42).

A criação, manifestação de “uma força «deífuga»”, sem a qual “tudo seria Deus”, implica, “num sentido”, a divina renúncia “a ser tudo”, para que possa haver quem seja “alguma coisa” e assim possa renunciar a isso, como “imitação” da divina renúncia criadora e seu “único bem” (43). Aplicando também à criação o que São Paulo diz, na Carta aos Filipenses, da kenôsis redentora, o divino esvaziamento da própria divindade – ou o auto-ocultamento divino, sem o qual Deus não poderia criar (49) - apela o humano esvaziamento “da falsa divindade com a qual nascemos” (44). Como diz Weil: “Foi dada ao homem uma divindade imaginária para que ele se possa dela despojar como o Cristo da sua divindade real” (43).

Deus renuncia à própria totalidade e o divino amor criador retira-se da criatura humana para que ela possa existir e amá-lo: é assim que surge a “necessidade”, espaço, tempo e matéria, como o “ecrã colocado entre nós e Deus para que possamos ser” e sem cuja protecção, expostos à “irradiação directa” do amor divino, nos evaporaríamos “como água ao sol”. Sem essa separação protectora do imediato evanescimento na divindade, “não haveria suficiente eu em nós” para o abandonarmos “por amor”. É esse amor que nos cabe, “trespassar o ecrã para cessar de ser” (42-43).

O homem participa na divina criação do mundo, não propriamente colaborando na constituição de si e da realidade não-humana - como nas leituras comuns da questão, que evocam a nomeação adâmica dos animais por Deus criados, no Génesis (2, 19-20) - , mas antes decriando-se a si mesmo e devolvendo-se à divindade, sendo nisso que é cocriador: “Nós participamos na criação do mundo decriando-nos a nós mesmos” (44). Isto mostra que a criação do mundo apenas se cumpre na decriação do homem, que consiste em “fazer passar o criado no incriado”, distinta da “destruição”, seu “ersatz culpável”, que faz “passar o criado no nada [néant]” (42). Se, enquanto “Criador”, Deus é necessária e inerentemente presente em tudo o que existe, desde que vem a ser, o que é a “presença de criação”, já para ser presente enquanto “Espírito”, ou seja, para a “presença de decriação”, Deus carece da “cooperação da criatura”, nessa des-entificação de si que é a própria salvação. A pensadora cita Santo Agostinho - “Aquele que nos criou sem nós não nos salvará sem nós” - (48-49), embora este colaborar do homem na sua salvação não seja em Weil, ao contrário do santo de Hipona, senão a deconstrução do seu ser criado.

Na verdade, algo mais fundo se oculta na constatação de que “Deus me deu o ser para que eu lho restitua”. A criação divina é como as provas e armadilhas dos contos iniciáticos: se a criatura cede e aceita o dom do próprio ser, isso é “mau e fatal”, e só a sua “recusa” manifesta a “virtude” salvífica. Se a criação consiste na divina permissão de “existir fora” da divindade, compete à criatura “recusar esta autorização”, sendo nisso que consiste a “humildade”, “rainha das virtudes” (51). Recusar existir fora de Deus é na verdade recusar um ser fictício, a “falsa divindade” atrás referida, a determinação inerente ao nascimento (44), pois na existência humana não há “ser”, apenas “ter”. Enquanto o homem pode somente conhecer de si o que é exterior e circunstancial, o seu verdadeiro ser “está situado por detrás da cortina” da “miséria humana”, “do lado do sobrenatural”. Aí reside o “eu”, “oculto para mim (e para outrem)”, o qual, por isso mesmo, não é propriamente humano: “ele está do lado de Deus, ele é em Deus, ele é Deus”. Por isso, do mesmo modo que ser humilde é recusar existir fora de Deus, “ser orgulhoso é esquecer que se é Deus…” (49). Enquanto o orgulho consiste em enaltecer-se pelo que se não é, a humildade reside em nada se supor, desejar ou acrescentar para além desse divino húmus a que se é íntimo.

Podemos agora comentar o trecho inicial. A razão pela qual “o pecado em mim diz «eu»” é que toda a auto-identificação e auto-afirmação consiste em aceitar o divino dom de ser, em vez de iniciaticamente o recusar, aceitando apenas dele a possibilidade de o negar. Dizendo “eu” exerço a liberdade, aberta pelo divino esvaziamento ou ocultamento, para a negar determinando-a numa id-entificação, em vez de a preservar recusando exercê-la. Dizendo “eu” assumo a possibilidade de me autoposicionar na existência e nisso caio no orgulho de me esquecer Deus, na ausência de humildade de aceitar construir uma fictícia entidade autónoma. Na verdade, não faz sequer sentido dizer “eu”, pois “eu sou tudo” enquanto não humano e não criado, enquanto Deus. Somente esse “eu” que é “tudo” “é Deus” e por isso “não é um eu”, não é um ente determinado. Sendo Deus o não haver eu, o acto de dizer “eu” peca, ou melhor, é pecado, consistindo no próprio “mal” que “faz a distinção”, ao conferir uma fictícia id-entidade à criatura e ao criador, impedindo “que Deus seja equivalente a tudo” (40) (em rigor, impedindo o reconhecimento disso). A possibilidade do mal é a própria possibilidade da criação, o risco, dir-se-ia, que Deus corre ao renunciar-se e ocultar-se, permitindo haver quem, para seu “único bem” (43), negue o ser criado e a própria criação, mas também, simultaneamente, quem não recuse o dom de ser e o guarde para si, aferrando-se nessa “raiva de persistir” (* Heidegger em comentário a Anaximandro) ou nesse espinosiano “esforço” de “perseverar no seu ser” que aqui obstaculiza e frustra o divino moto criador. A divina criação fracassa no haver quem a aceite, tombando na “miséria” que o converte num “eu” (40), sem trespassar em Deus o “ecrã” do universo e de si (43), que é afinal o mesmo véu da personalidade divina, pois a “miséria” que gera o “eu” é a mesma “miséria do universo” que, “num sentido”, faz que “Deus seja eu (isto é, uma pessoa)” (40). É o fracasso na prova iniciática da criação que gera a ficção idolátrica da personalidade e da id-entidade humana e divina. Simone Weil mostra aqui, pesem notáveis singularidades e divergências, a sua funda filiação na corrente de espiritualidade e mística cristã que, com pontos salientes em Marguerite Porete e Mestre Eckhart, vê no processo de autoconstituição do sujeito na existência a demissão do incriado divino que simultaneamente o entifica e personaliza à semelhança da própria entificação e personalização, instaurando uma aparente clivagem entre o humano e o divino que exige ser abolida numa conjunta libertação de si e desse “Deus” antropomorficamente pensado, mediante o que Marguerite designa como “désencombrement” (desobstrução, desimpedimento) e Eckhart como “Durchbrechen” (trespassar).

Nascidos “revirados”, invertidos, negadores do divino impessoal enquanto afirmadores de nós e de um Deus-pessoa, há que inverter essa inversão, negar essa negação, “restabelecer a ordem”, o que implica “desfazer em nós a criatura” (45). Compreendendo-se que na verdade “nada se é, o objectivo de todos os esforços é tornar-se nada”, sendo para esse fim que se aceita sofrer, se age e se ora: “Meu Deus, concedei-me tornar-me nada [rien]”. É na medida desse auto-apagamento do sujeito que “Deus se ama através de mim” (44), cumprindo o amor a si que é o sentido único da criação (42), entendida para além do antropocentrismo habitual. “Ser nada” é o que instala cada sujeito no seu “verdadeiro lugar no todo” (46), essa ausência de si, esse não-eu que é o próprio Deus.

O apagamento do sujeito nada mais é, nesta perspectiva, do que a evanescência da “sombra projectada pelo pecado e pelo erro que detêm a luz de Deus”, “sombra” que a si mesma se toma por um “ser”. É por isso que esse apagamento não é, em rigor, uma divinização do sujeito, o que seria a impossível equiparação da sombra à luz: “Mesmo se se pudesse ser como Deus, valeria mais ser lama que obedece a Deus” (51). Incompossível com a divindade, o sujeito há-de encontrar “a plenitude da alegria” num mesmo e único pensamento, o de que “Deus é”, ou seja, o de que ele mesmo, o suposto sujeito, “não é” (48). A “alegria perfeita e infinita” que há em Deus em nada se aumenta ou diminui pelo facto do sujeito nela participar ou não, o que retira a isso toda a importância, denunciando o autocentramento do desejo de salvação e da crença na imortalidade (48).

Decriar-se é apagar-se e isso é, num sentido, fazer desaparecer o véu ou sombra ficticiamente interposto pelo eu entre Deus e o mundo, permitindo que Deus, através de nós, sem nós, “percepcione a sua própria criação”: “o que o lápis é para mim quando, de olhos fechados, eu palpo a mesa com a ponta – ser isso para o Cristo”; “bastaria que eu tivesse sabido retirar-me da minha própria alma para que esta mesa que tenho diante de mim tivesse a incomparável fortuna de ser vista por Deus” (52). Gandhi escreve, nas Cartas ao Ashram: “Sentir que somos alguma coisa, é erguer uma barreira entre nós e Deus”. Em Simone Weil, todavia, isso que em nós diz “eu” instaura antes uma separação e um véu entre Deus e o mundo, constituindo um desnecessário e prejudicial observador que impede o seu pleno contacto e transparência, pela remissão a si de tudo o que percepciona e experimenta. O sujeito deve assim retirar-se para respeitar a intimidade entre Deus, os seres e as coisas, como o “terceiro importuno” e indiscreto que urge desaparecer para que dois “amantes”, “amigos” ou “noivos” “estejam verdadeiramente juntos” (52-53, citar). Não se trata de desejar o fim da experiência do mundo, mas antes o fim da nossa experiência do mundo, da experiência do mundo por um eu-sujeito, a fim de que ela seja plena, divina, tal qual, sem nenhuma relativização a qualquer finitude, por múltiplas e singulares que sejam as perspectivas em que se dê:

“Não posso conceber a necessidade de que Deus me ame […]. Mas represento-me sem dificuldade que ele ama essa perspectiva da criação que não se pode ter senão do ponto onde estou. Constituo todavia um ecrã. Devo retirar-me para que ele possa vê-la” (52).

“Não desejo de modo algum que este mundo criado não mais me seja sensível, mas que não seja mais a mim que ele seja sensível. A mim, ele não pode dizer o seu segredo que é demasiado alto. Que eu parta, e o criador e a criatura trocarão os seus segredos.
Ver uma paisagem tal qual ela é quando aí não estou…
Quando estou nalgum lado, maculo o silêncio do céu e da terra pela minha respiração e pelo bater do meu coração” (53).

[...]

24 comentários:

Paulo Feitais disse...

Trata-se de um pensamento desafiante, e como é tentadora esta conferência (e as demais que compõem o Colóquio). A Escola não é nada 'tempo livre'.
= O'Eu, essa 'puzzle-box' que tem o condão de enclausurar o Universo.
E já agora, a obra da Professora Luísa Ribeiro Ferreira promete...
:)

Anónimo disse...

Este texto e este difícil pensamento merecem segunda e terceira leituras, mas, tal como parece ser o aqui expresso pensamento da autora, como se fosse aqui "pecado" “eu” interferir, tornar-me visível, colocando assim um véu, uma sombra entre as coisas e as coisas; as palavras e as palavras entre Deus e as coisas. Como porventura a palavra coloca véus sobre uma terceira e segunda palavras...

Inicio, assim, o comentário para ensaiar a compreensão deste texto, e do que a autora nele propõe e reflecte. Necessário se torna que eu me apague e me “retire”. Para que não constitua um “ecrã”, um obstáculo entre Deus e o seu amor: a criação. Entre texto e texto, aparece a dupla expressão do “pecado”. Para transparecer, para deixar aparecer o mundo criado, é preciso que a minha existência, o meu ser, não se constitua como um “eu-sujeito”, que impede que as coisas apareçam, sem o “pecado” da minha observação, para que a minha finitude, por assim dizer, impeça a visão, a infinita divina visão do criador!

Transpondo essa relação com Deus para uma relação humana, muito aprenderíamos com Weil.
É erguer uma barreira entre nós e Deus. É sermos “opacos”, oposição à transparência que é "decriação".

Se existe obra de criação, se existe criador que possa amar a criatura,esta terá que se apagar, limpando-se, por assim dizer do eu para que não constitua um "terceiro" elemento para a plena realização desse amor.

Só por este processo, pôde Deus renunciar a si mesmo como totalidade. Ao retirar-se da criatura, deus renuncia, e nós ao ser olhados directamente pelo olhar divino, evaporaríamos, "desvanecerímos"...

È preciso que nos desentifiquemos para que o mesmo aconteça com Deus.

Ainda muitas pontas por “desatar” neste difícil e estimulante texto.
Difícil e em mim calando muito fundo.

Pois que vida e arte, misturadas, têm tido sentido no caminho em que me faço tais palavras como: “renúncia”, apagamento e desejo de desocultar os véus que o “eu” tece, para “ver” mais claro.
Transpondo essa relação com Deus, para uma relação humana, muito aprenderíamos com Weil e mais pecaria a criatura de não sentir a necessidade de se decriar e desentificar.

Agradeço o texto, Paulo. Voltarei a lê-lo.

Anónimo disse...

Voltei só para pedir desculpa de não ter sabido sintetizar o pensamento. Como quem ainda está a soletrar...

Anónimo disse...

Necessito de mais tempo para pensar bem no texto. E tudo muito profundo e belo.
Existe uma avassaladora vertigem abissal quando num momento penso no "esvaziamento da própria divindade" ou na razão do ser do Ser, se me é permitido explicar assim – tendo a pensar que se conseguisse-mos encontrar juntar esse eu e o Eu divino recriaríamos o mundo! de ser parte do todo, e sentir esse amor nos nossos corpos (templos vivos!), e nos nossos gestos, se consegui-se mos comunicar isso a todos, seriamos todos parte divina, e a carência daria lugar a graça, e a limitação daria lugar a superaçao e a beleza.

Anónimo disse...

SaudadesdoFuturo. Não tens que pedir desculpa. Eu sei bem como é difícil expressar o que sentimos, mas pouco a pouco vai-se conseguindo cada vez melhor... eu também estou a tentar expressar o pensamento cada vez melhor mas e difícil num mundo de ruído como o que vivemos.
Um grande abraço

Anónimo disse...

muito boa a ideia do eu como "puzzle-box", um eu feito de peças de imagens incompletas, emoçoes, reaccoes corporais, peças fractais (e fatais!). Mas que imagem tem esse puzzle construindo? um trabalho sem fim de quebra cabeças?

Anónimo disse...

Pois respondo-te mesmo agora com as palavras do texto, David Amaral:"O pecado em mim diz «eu».

Um abraço.

baal disse...

será que podemos falar em mundo? é a decriação do homem a possibilidade do mundo? o espaço e o tempo existem ou são uma criação nossa? inventámos o mundo para nele nos perdermos, a finalidade do mundo é o nosso desaparecimento (criámo-lo de forma a nele nos extinguirmos).
quem nos autoriza a acreditar que deus criou um mundo (para conhecer a derrota e ser tudo, bastou-lhe criar o homem).

saudações

Paulo Borges disse...

O eu-mundo cria-se e decria-se no sem fundo, nem Deus, nem eu, nem mundo...

baal disse...

mesmo parecendo desfasado não posso deixar de falar no plano de imanência deuleziano:
o lugar onde o ser diz-se do devir, uma ante-ontologia ainda não apercebida por incapacidade do pensar humano, um plano que ainda é metafísico porque não estamos no tempo de o perceber. o plano (lugar) onde só existem feixes; nem tempo nem espaço, nem sujeito nem objecto, o lugar de onde nada é predicado.

João de Castro Nunes disse...

Gramaticalmente falando, não há predicado sem sujeito, mesmo que indefinido ou indeterminado. Isto aprende-se na instrução primária. JCN

baal disse...

se estudasses filosofia percebias do que falamos. assim limita-te à repetição de sonetos que em ti nunca serão criação.
vai chatear outro.
conversa acabada.
não há paciência, companheiros.
(disse nada... não referi sujeito ou objecto).

João de Castro Nunes disse...

Não te reclames da filusufia... para dar pontapés na gramática! JCN

Anónimo disse...

O João de Castro Nunes parece dedicar muita energia como paladino das regras gramaticais! Cada um com a sua guerra. Depende da satisfação que possa obter disso. Agora devo acrescentar que ele está a atacar os poucos "sobreviventes" que ainda tentam expressar-se com uma língua viva que procure significados profundos e que por isso crie novas acções.
A gramática é só um esqueleto.

Devo dizer que se queres gramática e regras e etc podes encontrar num qualquer algoritmo informático que te pode gerar rimas e o que queiras sem fim só com o clicar do botão do rato.
Nesse sentido os programadores informáticos são os grandes mestres da linguagem!

João de Castro Nunes disse...

Deves precisar de ir a um ou dois (pelo menos)... psiquiatras! Tenta fazer um soneto... electronicamente.
O pá, não é na rima que reside a essência do soneto. É no talento. TALENTO, caro amigo Amaral! TALENTO! JCN

João de Castro Nunes disse...

A quem se há-de imputar o pecado, senão a quem o cometeu?!... JCN

João de Castro Nunes disse...

Ó sernhor David Amaral... ele há cada pândego! JCN

Anónimo disse...

Queres que te demonstre que podes fazer um soneto com um programa informático? é melhor que não digas que nao se pode fazer isso, se a tua auto-estima reside nessa afirmaçao.
O que é entendes por talento? não queres dizer antes fatuidade?

Anónimo disse...

Se quiseres, dá-me o contacto do teu psiquiatra.

Anónimo disse...

JCN se quiseres faz o download de:
Insult Generator 2.3

ou entao existe esta página:
http://www.webinsult.com/

Generate random insults in Arabian, Shakespearean, Modern and Mediterranean styles.

pode dar jeito para insultar contribuidores e administradores de bloggues.

João de Castro Nunes disse...

Tu és dos tais... que atiram pedras e fogem! Não te encolhas, pá! Quando vês o caso mal parado... chamas pela mãezinha. Já não tenhi idade... para desmamar meninos. Vai à vida, porque a morte é certa. E, enquanto esta não chega, põe o teu português... em dia! JCN

João de Castro Nunes disse...

Estou à espera do teu soneto... informático, pá! Não dês o dito... por não dito. Gabarolices, pá. GABAROLICES! JCN

Anónimo disse...

Diverte-te nesta página web:
http://thinkzone.wlonk.com/PoemGen/PoemGen.htm

Teoria:
http://www2.fcsh.unl.pt/edtl/verbetes/L/LGC.htm

http://hubpages.com/hub/Love-Poetry-Generator-From-The-Worlds-First-Computer-Recreated

João de Castro Nunes disse...

Só aceito críticas directas e frontais. Não entro em jogos enviesados. Não te ocultes nas saias da mãezinha! Dá a cara... ao manifesto. E, então, esse soneto: sai ou não sai?!... JCN