O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

(A)D(I)VERTIMENTO

A quem diz que só critico
por gosto de me exibir
esta quadra lhe dedico
que reproduzo a seguir:

Nada me encanta mais que um bom poema
perfeito de sentido e de cadência
seja qual for o respectivo tema
e sua literária... pertinência!

JCN

1 comentário:

João de Castro Nunes disse...

Uma coisa é ser poeta,
outra coisa á fazer versos:
são fenómenos diversos,
como larica e dieta.

JCN