O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tempo e Saudade


Quando a morte nos acerta
e se nos alvorece
sabemos a não memória
sabemos tudo.

27 comentários:

Anónimo disse...

a experiência-limite da morte (em sentido amplo - espiritual) ou da quase-morte é um redespertar para a consciência da nossa finitude e se bem aceite, interiormente, pode e deve transmutar-nos, a caminho da perfeição!

somos eternos viajantes de um caminho onde o tempo e a saudade nos acercam, mesmo sem (os) querermos...tempo e saudade...pk tudo é passado, embora sejamos projecto de futuro que se quer presentificar.

a nossa alvorada é fruto da nossa morte, são cinzas que renascem e q tal qual fénix, nos permitem voar em deslumbres de tudo, e de nada, no limbo que é a existência...horizonte de praia em sopro de siroco...abraço de transcendente e imanente.

namastê, Luiza
frag

Anónimo disse...

eureka: SENTIMOS SAUDADE PORQUE TUDO É PASSADO! obrgda Luiza por esta descoberta :)

(agora vá, venham daí as críticas ;)

frag

Laura disse...

Gostei muito da simplicidade profunda deste poema.

Laura disse...

Bem, Fragmentus, talvez seja isso mesmo. A Saudade existe, porque não "grocamos" o agora. Tudo, para nós, é passado ou futuro.

Anónimo disse...

e no grocar, o namastê e a consciência ambiental de valentin michael...

Madalena, hj é o dia das descobertas! - valentim (s.valentim...tem a ver com amar) michael (terá a ver c smiguel arcanjo?) hummmm

para quem não sabe do que falamos:

Um estranho numa terra estranha
Robert A. Heinlein
Europa-América

"Este livro conta a história de um homem vindo de Marte que ensinou a humanidade a grocar e a partilhar a água. E a amar.

Entenda-se grocar, segundo a Nota do Editor, como o sentido lato de compreensão total, completa e profunda das coisas."

bj. frag

Anónimo disse...

“Sabemos tudo” o que nos alvorece no instante em que não precisamos da memória. De nada nos serve, “quando a morte nos acerta”. Para que nos serve, então, o tempo?

Uma abraço no que em silêncio nos alvorece.

Pontualidades disse...

"Quando a morte nos acerta"... Nos acerta o quê? O relógio?

Anónimo disse...

Saudades, mas há experiencias-limite de quase-morte q são poisagens no/com(pelo Infinito...é maravilhoso sermos ain~da consciencia de que somos, sem-corpo, mas espírito que toca a Luz e a Paz, num bem-estar único, com vontade de não regressar...

frag

Anónimo disse...

o relógio da (in)finitude...o do soham...

frag

Ponteiro disse...

O relógio só se acerta quando se estraga. Regressar é perder o Tempo.

Anónimo disse...

regressar? mas não é continuum?

frag

Anónimo disse...

e estragados já somos nós...limitados, imperfeitos somos

frag

Circulo disse...

Regressar é ser continuum.

Anónimo disse...

Eis-me aqui, Luíza, no solstício da minha morte!

Um beijo

carimbo disse...

Morrer é um estado geral.

Anónimo disse...

continuum não é espiritual ou estamos numa de eterno retorno grego?

frag

Anónimo disse...

espiral (e não espiritual) - rectifico

Anónimo disse...

morremnos a cada segundo q passa, as nossas células envelhecem..óu o paradoxo da existencia nao fosse o facto de nascer ser uma condenação à morte

frag

Pedreiro disse...

Pensar é pôr mosaicos. Em baixo, tudo é o mesmo uma e outra vez.

Anónimo disse...

Apreciei muito o que o "pedreiro" disse. Verdade, verdadeira!

Obrigada por me ter feito visualizar esse chão.

Apreciei.

engano disse...

Em baixo não é chão...

Anónimo disse...

há cima e baixo?pensei q fosse tudo uno...fragmentos do uno


frag

Anónimo disse...

tempo e saudade...até as estrelas q vislumbramos no céu já morreram...têm um brilho q ainda resta...desse continuum fluir cósmico q nos toca e indica um caminho a seguir...a nossa trajectória...q deve ser de fénix, redespertar, alvorecer e anoitecer na (in)quietude do (re)encontro...

frag

Anónimo disse...

tempo e saudade...até as estrelas q vislumbramos no céu já morreram...têm um brilho q ainda resta...desse continuum fluir cósmico q nos toca e indica um caminho a seguir...a nossa trajectória...q deve ser de fénix, redespertar, alvorecer e anoitecer na (in)quietude do (re)encontro...

frag

Anónimo disse...

engano,

Bm sei. Falei por símbolos.

Anónimo disse...

... ou como te disse no email:

E é no ar e na areia que a irmandade se ergue. Os sem nome.
Grata, querida Luizita. Pedra de âmbar.
R

Liliana Gonçalves disse...

é neste tempo e saudade, que encontro tamanha simplicidade, que
me arrepia os sentidos.

Que sublimes versos, Luiza!