domingo, 11 de outubro de 2009
Que é a maioria da humanidade senão corja de assassinos a refastelar-se ignorante da condenação à morte e ao inferno?
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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2 comentários:
"Estamos todos no fundo de um inferno do qual cada instante é um milagre" - Emil Cioran
Será a morte acaso uma condenação?!...
O PREÇO DA VIDA
A morte é o preço de se ter vivido
que todos temos de pagar por certo,
da qual nenhum de nós está liberto
por muito que se tenha distinguido.
A morte é o penhor da redenção
que nos limpandode qualquer pecado
ao paraíso, a todos redervado,
nos permite aceder sem restrição.
Bendita seja a morte, sem a qual
ninguém retorna ao ponto de partida
uma vez finda e terminada a vida.
Embora seja tida por um mal,
perante Deus a morte nos redime,
tão só por si, de todo e qualquer crime!
JOÃO DE CASTRO NUNES
JOÃO DE CASTRO NUNES
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