O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Olhar frio


4 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Sobra sempre alguma lenha... para nos aquecer o olhar, por frio que ele esteja! As folhas secas... também ardem. JCN

platero disse...

próprio da época mas safado

tempo do belo-horrível

abraço

Anónimo disse...

É o Inverno, meu Amigo Félix.São as corças que ganham novos flocos no jardim. E é uma rapariga a espalhá-las na claridade da tarde.

Em todo a Luz, a rodeá-la em todas as direcções, essa fala branca e esse olhar-catedral no osso mais nu de todos nós.

Que bela Dedicatória, em catedral de neve, como gostaria o poeta: "Imparcial como a neve". A poucos é dado esse olhar: Livre, em tanto "preso"...

Grata por me deixar ver por ele, Rui, Poeta da Montanha!

Liliana Gonçalves disse...

imagem de luz ;)