O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 10 de janeiro de 2009

"Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível"

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

veja entrevista em: http://www.vejosaojose.com.br/fredyandrade.htm

2 comentários:

Luiz Pires dos Reys disse...

Cara Ana Margarida,

Acho, por certo, extremamente meritório este "trabalho de apoio", este "trabalho de casa", esta aula prática, a que alguém que pretende não brincar à investigação social asséptica, aceita arriscar-se a fazer.

Apenas me fica a dúvida, dúvida sincera, se bem que (para variar) sem ponta de ironia:

Nesses oito anos (oito? até parece que ficou gostando, e desleixou o estudo, entretanto, não?), ele viveu de quê?
Do salário de "gari", ou do salário de papai?
E os estudos? Pagou como?

Não basta viver como algo, é preciso passar algo e por esse algo.
Não viver como algo, mas viver algo.

Seja como for, como diz aí: Valeu!

Abraço!

Anónimo disse...

Que sorte a dele!