sábado, 17 de janeiro de 2009
Dama Imóvel
Andas aí
Na Margem
A roubar para os teus cabelos
Verdes
A brisa do mar
A noite peca por tocar-te
Queria, fosse lua
Contigo contrastar,
Incrustrar no escuro
Imóvel e nua
"Depois que eu descobri
Que há você
Nunca mais existi..." (Djavan - Doidice)
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14 comentários:
Que giro!
goste, está interessante e além d mais, adoro o mar, a lua e palmeiras! :)
achei piada o remate com a música, pk eu às vezes tb fço isso em alguns poemas.
bj e obrg
Adorei as palavras.
Há Damas que se transformam e ficam assim ao pé do mar. Mas não sei se é amgia do mar ou se é da lua.
Já uma vez vi uma 'dama imóvel' belíssima, mas não consegui chegar a palavras tão bonitas para a descrever.
Obrigada*
É um belo poema acompanhado de uma bela foto. Veio à minha memória um poema do grande poeta cubano Nicolás Guillén. Aqui o deixo com gratidão.
PALMA SOLA
La palma que está en el patio,
nació sola;
creció sin que yo la viera,
creció sola;
bajo la luna y el sol,
vive sola.
Con su largo cuerpo fijo,
palma sola,
sola en el patio sellado,
siempre sola,
guardián del atardecer,
sueña sola.
La palma sola soñando,
palma sola,
que va libre por el viento,
libre y sola,
suelta de raíz y tierra,
suelta y sola,
cazadora de las nubes,
palma sola,
palma sola,
palma.
NICOLÁS GUILLÉN
Existir é a grande banalidade. Toda a grande poesia é um salto para fora da existência, para fora do estar fora. É esse o sentido extático da saudade.
Grata a todos.
A José António Lozano agradeço imenso o tocante, belíssimo poema. Se o conhecesse, tinha-o colocado como legítimo acompanhamento desta Palma Sola. Aqui fica agora, obrigada!
"My limbs are like palm trees / Swaying in the breeze / My body's an oasis / To drink from as you please" - "Mirage"
Ermo (amo essa palavra),
Pois pode ser olhe...Francamente, pode tentar compreender-se, estudar, escrever, reflectir e sonhar sobre ek-sistências e saltos para fora e do para fora e do não ser que se é ou se não é não imagino, e isso é interessante, mas tudo o que eu vivo, experiencio, conheco, cabe nessa dimensão existencial: o que se ama, detesta, penaliza, faz, desfaz, lamenta, alegra, entedia, indiferencia, o que se anseia, o que se almeja e sonha mesmo, para mim, é neste plano terráqueo, do corpo, da mente, da razão, da emoção, do sentimento. Não quero levitar, não quero perceber-me fundida com o éter, ou com o nada, ou com o Tudo. Essas coisas são exóticas para mim, são outra linguagem para mim, até poética.Mas mesmo a poesia remete-me para a existência, mais do que para...enfim. A essas coisas não as entendo correlacionadas com o meu existir, com esta minha banalidade. Foi só um pequeno desabafo até porque está de chuva e a roupa molhou-se toda na corda e estas domesticidades também moem!
Só a intempérie é doméstica. Se formos chuva nunca nos molhamos.
O que é a ek-sistência autêntica senão salto para além de si mesma? Será/Terá chão o chão que pisamos?
Se andar à chuva gosto da simbólica fusão momentânea, o diacho (ainda bem), é que jamais serei chuva. Há uma imensidão para além de mim mesma, mas o que posso eu Ser para além desta estafada caveira? Se há uma Grande Revelação nesse "trampolinar" de nós talvez não me seja dado perceber, mas se todos percebessem qual o sentido de ser revelação? No fim de contas, entre o "onde digo que digo digo não digo digo digo Diogo" para uns e a maravilha suprema para outros, há espaço para tudo.
Nunca digas "desta água nunca beberei" ou "esta chuva jamais serei"... Também pensava o mesmo e agora eis-me toda encharcada, a cair sobre mim mesma.
Tamborim, acho q já sei quem és...tb aqui estás e tens blog...hummm...descobri-o por uma simples palavra q utilizaste - "diacho" :)
fragmentus
Olá Anónimo:) Eu não tenho blog algum, só um sitesobre hiperidrose...Apenas participo neste blog e, muito muito espaçadamente, no blog do meu FC Porto. Diacho é expressão deliciosa, no meu caso tem história.
lindo. adoro o djavan
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