Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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8 comentários:
Amo o inverno como o afago que passa pelas coisas e as lustra da promessa de que tudo cessará.
Olhavam em redor; halos de Sol, ávidos de luz.
Portas abertas à imagem plena.
Espelho da lua à franja das marés.
Orbe tricolor, verde-cinza-marrom;
entre o fundo e o céu, celeste, cristalino.
Da continuidade de um olhar, à midríase do impossível
obrigada Paulo, eu considero que de facto a "hibernação anímica e espiritual" é essencial para a nossa evolução/amadurecimento de ser(mos). :)
Vergílio, gostei mt do teu poema.
Pk o colocaste aqui? Já o tinhas feito ou foi inspirado neste? :)
votos de um dia feliz
Agradeço a imagem e o texto que o acompanha. Ando naquela fase em que me acompanha uma ideia que promanando de um filósofo reencontro na paisagem e nesta que deixaste rambém; semear na neve. Agradeço muito este horizonte puro e para além do poder humano, como o da palavra mais bela que nos visita mas nunca nos pertence. Um sorriso.
A imagem da Fragmentus lembra-me aqueles desenhos animados que via avidamente na infância, com gnomos a caminhar pelos caminhos cheios de neve das suas terras. Que completude saudosa tínhamos ao assistir a tão bonitos desenhos. Era a possibilidade de mundos belos e paradísiacos com as suas aventuras cândidas perante os nossos olhos?
Isabel e Tamborim, obrgda pela vossa presença neste pedaço de neve :)
Essa imagem é de facto bonita e acho q adequada às palavras, no entanto, foi escolhida pela minha irmã de alma.Obrgda Fanny!
Olhando para ela (imagem), tb me ocorre o imaginário dos elfos e afins e faz-me sorrir pk, de facto, é mágico qdo nos permitimos tocar pela fantasia, ainda q a tristeza nos possa, em dado momento, assolar...
votos de uma boa noite!
Inverno
glaciar e alva graça do Inferno
podes explicar, "à queima-roupa"?
eu parcialmente concordo q Inverno é sinónimo de Inferno, até nos pode remeter para a concepção grega de Inferno = Hades (local gélido). é por aí?
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