O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 24 de janeiro de 2009

Vive la Différance




Ceci n'est pas une pipe.

5 comentários:

Luiz Pires dos Reys disse...

A filosofia, deslaçada entre o trívio e o trivial...

Quem fuma e quem é fumado?

O que fumega, do que não fumega (no) visível?

Que se defuma no pensar?
Não será o mesmo pensar um defumar de quanto se dá o crédito de aceitar como "real"?

Anónimo disse...

Pensar desrealiza ou desreifica?

Luiz Pires dos Reys disse...

Creio, Interrogativo ( e "creio" também o exacto contrário do que a seguir segue), que:

Na medida (o que é, em si mesmo, já peso de um pesar) em que se pense, mais isso se pesa e mais (se) nos pesa (n)o seu pesar;

Em quanto se repensa, mais se nos enreda o que arreda, e menos se nos desliga, des-liga, dis-liga e des-pensa isso;

Na medida em que se repensa (o que é re-flexo de tal peso e tal pesar), compensa-se e com-pensa-se;

Em quanto (o que é um "quantum" e/ou um "quanta") se pense, nisso algo se dispensa e dis-pensa em paradoxo e para-doxa;

No que se apense, ad-pensa-se, e nisso mais em nós se desliga, o que é puro dislate de si;


"Re-sumindo":

Pensar, suspenso de si mesmo, dispensar do pensar é des-realizador e des-reificante - é silêncio do pensar;

Pensar em que se não pensa é um des-pensar desreificante e desreificante - é ascese de pensar;

Pensar, disperso no pensar de algo, é reificante e desreali-zador - é provação de pensar;

Pensar em não pensar é reali-zador e des-reificante - é crucificação do pensar.

Não pensar nada disto é libertador.

O Aquilo pensar-nos é criador.

O pensar Aquilo é morte de si.

O Aquilo ser-nos é incarnante.

O Aquilo nascermos é deificante.

(...)

...........

Fuck the pipe!

Il n'y a pas de Derrida en derrière de la pipe;
Il n'y a pas de Perrida en avant de la derripe...

Unknown disse...

Olha Lapdrey, nem sei. Se calhar és o Carlos Couto. Adoro, muitas beijocas.

Luiz Pires dos Reys disse...

Hum? Bem Couto não sou, mas Carlos até que, hipoteticamente, poderia ter sido: tal como Pedro, Tiago, ou João... ou...

Mas, se salvar a vida a alguém, até posso dizer que sou esse tal Carlos Couto ou ... whoever may be...

Há por aqui quem me conheça... e por ali também.. e por além...

Sou muito (des)conhecido.
Mas não sou soldado, nem estou soldado a nada nem ninguém...

Beijo também, furs at some Venus!