O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 21 de novembro de 2009

cidadania

'de acordo com a fórmula ao mesmo tempo tão conhecida e tão enigmática de aristóteles na sua política, livro 1, 1253a (é evidente, diz então aristóteles, que a polis parte da natureza (tôn physei) e que o homem é por natureza um vivente político (kai oti anthropos phsei politikon zôon)...
...
o que marca bem que a politicidade, que o ser político do vivente chamado homem é um meio entre estes dois outros que são a besta e o deus, que, cada um à sua maneira seriam apolíticos'

j. derrida

1 comentário:

João de Castro Nunes disse...

Simplesmente... incomentável! JCN