O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O melhor serviço que se pode prestar a Portugal e à comunidade lusófona

O melhor serviço que se pode prestar a uma pátria ou espaço linguístico-cultural, o melhor serviço que se pode prestar a Portugal e à comunidade lusófona, não é mantê-los nos seus limites e promovê-los narcisisticamente, mas antes alargar os seus horizontes, aprofundando e criando pontes e mediações com todos os povos e pátrias, com todas as línguas e culturas.

É assim que se acede a uma dimensão civilizacional e é assim que se faz de uma pátria e de uma cultura um suporte e não um obstáculo para a evolução mental dos indivíduos e da sociedade. Essa é hoje a tarefa de um patriotismo universalista, que seja um abraço armilar ao mundo e ao universo, humano e não-humano.

Esse é hoje o rumo de um Outro Portugal.

umoutroportugal.blogspot.com

3 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Um outro Portugal ou um Portugal... outro?!... JCN

Estudo Geral disse...

É esse o rumo sem dúvida. Mas encontro alguma pertinência na questão de JCN. Há que conversar, participar, ser compassivo e pacifista, traçar pontes...

Estudo Geral disse...

Palavras com demasiada importância para rapidamente sairem de cena. É este Outro Portugal que deve constituir o centro do debate. Uma grave limitação que os blogues encerram, a voracidade com que se devoram preciosas mensagens.