O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

"Quando escrevo - quando encontro o ritmo inaugural do poema, não tenho idade. Nasço aí onde já morri"

- Casimiro de Brito, "Fragmentos de Babel".

3 comentários:

João de Castro Nunes disse...

Paradoxalmente... quem diria melhor?!... JCN

Anónimo disse...

Não me é nada difícil crer na veracidade desse instantâneo e simultâneo acto de nascimento e morte... de Amor...

Diria mesmo que, qualquer acto da mesma natureza da vida e da morte é sem idade... nasce e morre em eterna fruição...

Paulo Feitais disse...

A Perdição! :)