O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pétalas ao vento


quisera voar livre, como o vento...
sentir o odor dos pastos, do mar e da cidade
ainda que impregnada de vultos vazios

reenergizar-se em trespasse de luz
dança de mil e um sons
encantamento de natureza
sempre vislumbre de pureza

as suas asas eram pétalas de rosa
feminilidade ao luar
maciez ao tocar

um desejo
um suspiro
uma recordação
eis a essência de seu coração

4 comentários:

guvidu disse...

dedicado á Luiza Dunas, sempre tão gentil :) bj luz e paz

Anónimo disse...

fez-me lembrar o seguinte (a si possivelmente não):
'mais terrível que um labirinto circular é um labirinto em linha recta'
sobre o tempo, borges a devir kant.

Anónimo disse...

o ideal é um labirinto em espiral :)...mas vou pensar nisso, anónimo. grata!

luizaDunas disse...

E tudo o vento traz, Fragmentus.
E os sopros das pétalas de rosa
trazem suspiros encantados pelo anjo em seu aventurado repouso.

Muito grata...