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gosto da possibilidade de recriar infinitos em mim,
como se me movimentasse em labirinto de espiral,
em busca de silêncio, quietude,
na minha eterna solidão...
Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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5 comentários:
...e murmura-me a Saudades do Futuro: «Saudades são 'poisagens'»...
Amiga Fragmentus,
Na espiral que desenha o movimento da luz e nesse eterno mover em silêncio, que dentro de nós se revela como uma paisagem, "uma poisagem" que, simultaneamente poisa no mesmo centro: dentro e fora. Esse Agora é infinito e perda de consciência, esse agora quebra a concha e surge fulgurante em fragmentus... O resto são as Saudades... "poisagens".
Disse-me alguém que para parar o fluxo continuum do pensamento é necessário "poisar". Poisemos, saudemos...
Um beijo, Fragmentus.
Querida Saudades, vim agora da praia e pensei em ti...quando dei por mim a redespertar de um olhar e de uma série de pensamentos que, de repente, se aglutinaram num nada pacificador...Lembrei-me, uma vez, que talvez tivesse 'poisado', por instantes, na eternidade embalada pelo marulhar que me revitaliza, sempre!
Tb olhei para os pescadores de cana e lembrei-me do Félix...rs
E tb do Lapdrey, que meu 'vizinho' é...Engraçado como vos posso sentir tão reais (bem, ao Luís de carne e osso já tive o privilégio!)no meu divagar e recentramento vital.
Um bem-haja, sincero.
Namastê
... e esta é uma linda possibilidade, que deve ser explorada.
ou n´~ao tivesses tu escrito aquele lindíssimo texto - "O sal das lágrimas", certo Madalena? :) bj
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