um mar turbulento, nas raízes do corpo. Este corpo que sobrevive sem o espírito - está morto!
É nesta súbita lucidez, no quarto rodeado de paredes brancas, que divido a sombra. Diria que é uma divisória envidraçada, onde vejo, além - vêem também? - um homem que faz o gesto de um relógio, e executa o movimento dos ponteiros. E não pára. Grito para que pare, mas ele não me ouve; apenas lê o movimento dos lábios, que narra a deslocação de um silêncio ensurdecedor. «Ouve-me!», peço-lhe mais uma vez. É um pedido, que nunca, nas linhas telefónicas já sem ligação, chegou a acontecer no tímpano, a vibração da música.
Liliana Jasmim
5 comentários:
da ausênncia à luta, nomea-se sobrevivência.
Ke Bellum aGueerrra AGárra ia BeLesa Leza
Abençoados os anjos que descem sem caírem.
abençoados mesmo.
Também gosto dos que caiem...
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