sexta-feira, 1 de maio de 2009
Lamentação
A sombra cai sobre o mundo e as cidades caem em ruína.
Sinto o fim próximo, a doença a chegar, consumindo-nos.
Já não há alegria, nem cantos de louvor, nem felicidade.
Nesta casa habita o pranto e sobre ela cai um torpor de morte.
A esperança deu lugar à sonolência, estamos febris.
Sinto o fim próximo e por ele me deixo levar, abatido.
O meu corpo desfalece e a minha alma está zonza.
Sinto um cansaço de morte e a entrada numa grande escuridão.
Só Tu me restas, por um fio, mas como é bom estar contigo.
Sou um estrangeiro neste mundo, sem pátria nem ligações.
Sem língua, sem bandeira, o tempo desapareceu em mim.
Não cheguei a conhecer a minha mátria.
Adoeço sozinho, ardo por dentro, o meu corpo consome-se.
A minha alma já nada deseja que não a paz.
O meu coração ferido de morte verte lágrimas de fogo.
Cospem na minha sepultura e desejam-me mal, mesmo em Ti;
mas Tu, finalmente, deixaste-me repousar e sair do mundo da dor,
para que em Ti pudesse viver em paz para sempre.
Sinto o fim próximo, a doença a chegar, consumindo-nos.
Já não há alegria, nem cantos de louvor, nem felicidade.
Nesta casa habita o pranto e sobre ela cai um torpor de morte.
A esperança deu lugar à sonolência, estamos febris.
Sinto o fim próximo e por ele me deixo levar, abatido.
O meu corpo desfalece e a minha alma está zonza.
Sinto um cansaço de morte e a entrada numa grande escuridão.
Só Tu me restas, por um fio, mas como é bom estar contigo.
Sou um estrangeiro neste mundo, sem pátria nem ligações.
Sem língua, sem bandeira, o tempo desapareceu em mim.
Não cheguei a conhecer a minha mátria.
Adoeço sozinho, ardo por dentro, o meu corpo consome-se.
A minha alma já nada deseja que não a paz.
O meu coração ferido de morte verte lágrimas de fogo.
Cospem na minha sepultura e desejam-me mal, mesmo em Ti;
mas Tu, finalmente, deixaste-me repousar e sair do mundo da dor,
para que em Ti pudesse viver em paz para sempre.
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12 comentários:
Muito bom, o seu poema. É possível saber a quem é dirigido?
Não é dirigido a ninguém em particular. Não o considero nada de especial, infelizmente. Foi apenas um sentimento que tive e que decidi escrever sobre a forma de Lamentação, ao estilo das Lamentações do Antigo Testamento. Obrigado.
Homem, não te la-mentes. Despe a mente.
sinto a morte a chegar, josé mário branco, poema copiado?
Não conheço o poema de José Mário Branco e essa insinuação é ofensiva para a minha pessoa, baal.
Aliás, baal, é uma total falta de respeito. No entanto, limitas-te a exercer o teu direito à provocação. Confesso que de autores do género conheço apenas relativamente bem a obra de José Afonso e relativamente mal a de Sérgio Godinho. A do J. M. Branco quase desconheço. De resto, são canções muito datadas, o que ouvi, excepto muitas do José Afonso, que são intemporais. Deste, prefiro as intimistas às revolucionárias, exceptuando talvez o "A morte saiu à rua".
era um redondo vocábulo,uma soma agreste longe de mim atacar, 1 de maio.jovem nuno vou-te explicar como era, a pide espancava os filhos junto dos seus para pais para demonstrar a impotência de quem não se vergava ao fascismo.
o josé afonso cantava 'era de noite e levaram quem nesta cama dormia, sua boca amordaçaram com lenços de seda fria', eles eram maus e nojentos e ainda quando vejo um fascista 'skin' apetece-me matá-lo, um dia todos nos encontra-re-mos
era uma vez um gato maltez...
corto maltese
comeram-lhe a lingua e fo(u)i de vez.
vai dar banho ao cão, se estiver a dormir, dá banho ao outro, lembrei-me que se chama comando(a), jaime neves.
Lamentemo-nos de sermos tão parciais e malevolentes.
que chatiche, enganei-me, esqueci-me, tropecei, vou bater au vital morrreira
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