O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 3 de novembro de 2009

memória


usamos iguais processos
falamos a mesma língua
morreste à míngua de excessos
eu morro ao excesso de mínguas

4 comentários:

Anónimo disse...

Já conhecia, Platero!... e olha que é, para mim, uma das tuas mais bem conseguidas "quadriculadas" verdades, em maior arte "menor".

Um beijo e um abraço,irmão!

João de Castro Nunes disse...

Lapidar maneira de dizer... de parte a parte! JCN

platero disse...

É possível que já tivesse posto a circular.
não sou minimamente organizado.
Encontrei escrita em guardanapo de papel dentro de bolso de casaco in-vestido desde último ou penúltimo inverno, e olha - zás
perdão pela repetição

beijinho

Anónimo disse...

Platero, "desperdoado"!:)

beijinho