O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


domingo, 13 de setembro de 2009

ou

2 comentários:

Luiz Pires dos Reys disse...

Alteridade surda do mesmo,
cego reflexo do diferente:
tudo é espelho do não visível-
todos, invísivel névoa de si.

Anónimo disse...

Devagarinho, um bocadinho a medo, volto a face e dou à tua imagem um gesto de alternativa: "ou" . Seja o que nos reflecte e nos irmana como filhos da Serpente e de outros emplumados voos; irmãos em arte e na arte! Da beleza e do Amor fiéis.

Saudades, meu irmão!
Fizeste-me voltar mais cedo!
Um beijo dado na Hora!