O cravo trevo levado
lavado cheirando a água
cravo meu sangue pisado
peito nora a puxar mágoa.
Mágoa sirene do vento
que o vento grita ao correr
mágoa que acende no tempo
um cravo punho a doer.
Cravo que é a morte ou é a vida
da vida mais desgraçada
tantas vezes mal sofrida
sofrendo a vida parada.
Até que a morte parida
seja a vida libertada.
Joaquim Pessoa
in Amor Combate
Litexa, 1985, p.157
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