terça-feira, 28 de abril de 2009
Intervenções
I
Na verdade nenhum mestre quer o discípulo que deseja, pois este seria o seu declínio. Mas nos somos somente verdadeiros discípulos enquanto temos a coragem de enfrentar o nosso declínio.
II
Todos os mestres anunciam o oriente, mas o que deveríamos querer é o ocidente – o declínio da nossa manhã.
III
Adoro o meu eu, dando diamantes e néctar de ambrósia para cuidá-lo bem. Mas quando escuto os ecos entre as árvores, que rodeiam esta aberta, ouço tantas vozes cantar: eu sou eu sou eu sou eu - até o infinito.
IV
Você vê este e outros andar à toa pela rua no pleno dia quando Deus te chama para trabalhar. E você pensa ou fala: este não é um homem de Deus pois não cumpre os seus deveres. Mas como? Não pode ser mais difícil atravessar quarenta dias o deserto do que fazer o serviço quotidiano no templo de Jerusalém? Quem és tu para julgar tais coisas?
V
Ando descalço com minha alma no asfalto derretido da cidade.
VI
Não me chama, pois não tenho nome. Mas quando grito, ouça. Pode ser um gemido da tua própria alma.
VII
Enfim não digo e faço nada, somente escrevo para magoar ninguém. E você tem certeza de querer ser assim também?
VIII
Porra! Tira o dedo!
Na verdade nenhum mestre quer o discípulo que deseja, pois este seria o seu declínio. Mas nos somos somente verdadeiros discípulos enquanto temos a coragem de enfrentar o nosso declínio.
II
Todos os mestres anunciam o oriente, mas o que deveríamos querer é o ocidente – o declínio da nossa manhã.
III
Adoro o meu eu, dando diamantes e néctar de ambrósia para cuidá-lo bem. Mas quando escuto os ecos entre as árvores, que rodeiam esta aberta, ouço tantas vozes cantar: eu sou eu sou eu sou eu - até o infinito.
IV
Você vê este e outros andar à toa pela rua no pleno dia quando Deus te chama para trabalhar. E você pensa ou fala: este não é um homem de Deus pois não cumpre os seus deveres. Mas como? Não pode ser mais difícil atravessar quarenta dias o deserto do que fazer o serviço quotidiano no templo de Jerusalém? Quem és tu para julgar tais coisas?
V
Ando descalço com minha alma no asfalto derretido da cidade.
VI
Não me chama, pois não tenho nome. Mas quando grito, ouça. Pode ser um gemido da tua própria alma.
VII
Enfim não digo e faço nada, somente escrevo para magoar ninguém. E você tem certeza de querer ser assim também?
VIII
Porra! Tira o dedo!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Todo o declínio é uma aurora. Todo o Ocidente é um Oriente.
Bela intervenção. Gosto muito.
Quando temos coragem de enfrentar o nosso declínio somos discípulos ou Mestres?
Um Mestre não é aquele que tem a coragem de enfrentar o seu destino-declínio e por isso deseja o discípulo perfeito?
Ou o Mestre nada deseja mas tropeçam nele os discípulos que o tornam Mestre?
"Todo o Ocidente é um Oriente" Caro Não disse,
Gosto da perspectiva.
Aurora, também és um declínio?
E tu, és um poeta?
Deus me livre de ser um poeta! Antes um pateta.
Qual dedo!?
Enviar um comentário