O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 5 de janeiro de 2008

Sobre os dois últimos poemas "aéreos" aqui publicados

"Anaxímenes... disse que o ar infinito era o princípio, do qual provêm todas as coisas que estão a gerar-se, e que existem, e que hão-de existir, e os deuses e as coisas divinas, e o resto proveniente dos seres por ele produzidos" - Hipólito, Ref., I, 7, 1, in Kirk, Raven, Schofeld, Os Filósofos Pré-Socráticos, Lisboa, Gulbenkian, 1994, p.147.

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