segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
O grande sono
O que há? Um grande sono. É Brahman; ou será Vixnu que sonha refastelado na serpente no oceano de leite?
Embora Vixnu seja uma das inúmeras facetas de Brahman, no entanto uma das três principais, constituinte da Trimurti (com Brahma e Xiva), este poderia ser como que o sono profundo, sem sonhos e, aquele, o sono com sonhos.
No fundo, são modos de uma mesma entidade. Essa entidade é a realidade realíssima, o sonhador, o adormecido.
Não nos esqueçamos, porém, que, na realidade, o filho não é menos real do que o pai. Por isso, haverá a considerar algo mais real do que nós, o Tao, que é o único modelo de si próprio?
Penso que há algo mais real do que nós, a saber, a génese de tudo, fugindo à analogia supra, o sonhador, o adormecido.
Estranho é que a realidade surja tão meticulosamente organizada perante tamanha ignorância na fonte. Talvez tanta organização seja algo superveniente e não fontal.
O que há? Um grande sono, o sonhador, o adormecido. E, assim, entramos - tudo e todos - na primeira noite escura, limiar da realidade realíssima, lugar onde se dividem os mundos.
Embora Vixnu seja uma das inúmeras facetas de Brahman, no entanto uma das três principais, constituinte da Trimurti (com Brahma e Xiva), este poderia ser como que o sono profundo, sem sonhos e, aquele, o sono com sonhos.
No fundo, são modos de uma mesma entidade. Essa entidade é a realidade realíssima, o sonhador, o adormecido.
Não nos esqueçamos, porém, que, na realidade, o filho não é menos real do que o pai. Por isso, haverá a considerar algo mais real do que nós, o Tao, que é o único modelo de si próprio?
Penso que há algo mais real do que nós, a saber, a génese de tudo, fugindo à analogia supra, o sonhador, o adormecido.
Estranho é que a realidade surja tão meticulosamente organizada perante tamanha ignorância na fonte. Talvez tanta organização seja algo superveniente e não fontal.
O que há? Um grande sono, o sonhador, o adormecido. E, assim, entramos - tudo e todos - na primeira noite escura, limiar da realidade realíssima, lugar onde se dividem os mundos.
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2 comentários:
Creio difícil e inútil admitir outro adormecimento e outro sonho senão este que protagonizamos e de que, por isso mesmo, podemos a cada instante despertar... A metáfora do deus adormecido e sonhador é apenas o inverso da outra, do deus omnisciente, bondoso e criador... Um não sabe o que faz, o outro sabe tudo e só faz o bem... Modos de falar de nós próprios... O transcendente é irrepresentável: isso que há no fundo sem fundo de nós sem nós !
Talvez o Paulo tenha razão, mas, nos nossos pensamentos ontológicos, temos (?) de nos agarrar a alguma coisa, quer dizer, encontramos alguma coisa. Quando falo no deus adormecido, falo-o recorrendo a uma experiência que tive, porquanto me desliguei dos sentidos e encontrei algo, talvez uma consciência, um lugar, de onde nada pode sair e onde penso que tudo está. Por isso disse, anteriormente, que me imaginei e por isso nasci. Mas posso estar errado. Os meus pensamentos são o meu grito, e provavelmente um dos ecos do infinito, que ecoam desde os confins do tempo. Posso estar errado, eu sei. Cumprimentos.
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