quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Animais iluminados
Na sua curta estadia neste pequeno planeta, perdido na vastidão do espaço cósmico, o homem descobriu-se como pináculo de toda a Criação!! Quem o afirma? Ele próprio claro!
Assim diz que só ele pode construir telemóveis, esquece-se que não sabe construir formigueiros. Também diz que só ele pode sorrir, é cego para os pardais que brincam diariamente com as correntes de vento e as superam alegremente. Diz que é o único que acasala por amor e não por instinto, esquece os Albatrozes, esses magníficos voadores de ginga que são fiéis para a vida, uito mais que a maior parte dos homens e mulheres. Mas pronto, a verdade é que os homens pouco ou nada sabem sobre a vida vivida, dia a dia, dos animais. Fica-lhes bem, no seu pináculo, ignorarem esses seres menores.
Aqui há tempos um "comentário" ao texto "Buda" da Ana dizia assim:
"Poderia algum rato ou pássaro, por exemplo, sentir num gato um Buda ?"
Ora Bolas!! Quer dizer, a iluminação, que nem sequer é Amor, que nem sequer é pensamento, que exige aos monges Zen anos de silêncio mental, agora não pode ser atingida por animais que, teriam no mínimo mais facilidade que nós! Então ao menos não têm símbolos para os confundir. Uma árvore é uma árvore e a montanha é a montanha! Simplesmente! Porque não haveria um rato de ver num gato o Buda? Como podemos saber que isso é impossível?! Se nós transcendemos o instinto que estranheza seria que outros animais o fizessem também? Não serão os animais "domesticados" a prova óbvia de que o instinto é apenas um dos elementos que rege a sua acção?
Vou ser-vos muito sincero, a mim parece-me que este planeta não teria existido por seiscentos milhões de anos exuberante de vida, com todas as incontáveis histórias que por ele já passaram de seres sentientes sem que muitos Budas, sob a forma de animais, tenham vindo a existir. É claro que não o posso provar, mas também ninguém pode provar que algum Buda alguma vez tenha existido, aliás duvido até que alguém saiba com precisão explicar o que é um Buda, ou o que é preciso para ser Buda.
Vamos pensar por momentos que ser Buda é ver em todos e tudo um Buda, isto é, emanação perfeita do Divino, estando em plena comunhão com tudo! Ser Buda não é ser visto como Buda. Até o Santana Lopes pode ser visto como um buda, não significa que o seja de facto!
Ora porque é que um Albatroz, um Gato, um Leão, uma Águia, não poderiam atingir essa comunhão com tudo? Por falta de linguagem? Por falta de Amor? Pela influência do instinto?
Mas para que seria necessária a linguagem quando procuramos a comunhão?
E quem somos nós para falar de falta de amor, nós que fazemos guerras e comemos desnecessariamente tantos animais, criando-os como objectos descartáveis, é preciso dizer mais? Se na espécie humana o indivíduo consegue separar-se tanto do que é típico, porque não noutras espécies?
E em relação ao instinto não estaria um Buda ainda mais conectado com o seu instinto, assim como com tudo? Não estaria ainda mais presente nele do que em qualquer homem, ele para quem nem a gota de água poderia esconder por muito tempo o seu segredo?
A mim parece-me que é a arrogância do humano que quer desesperadamente achar-se especial.
Nós somos especiais, como a estrela Alcyone é especial, somos únicos, não precisamos de retirar a beleza a nada nem a ninguém, pedra, árvore, animal, planta ou buraco negro para nos afirmarmos no esplendor do nosso sorriso!
E além do mais, se eu disser que o meu gato é um Buda, quem me virá dizer o contrário? E desses quem me convencerá?
Ah!!!!
Assim diz que só ele pode construir telemóveis, esquece-se que não sabe construir formigueiros. Também diz que só ele pode sorrir, é cego para os pardais que brincam diariamente com as correntes de vento e as superam alegremente. Diz que é o único que acasala por amor e não por instinto, esquece os Albatrozes, esses magníficos voadores de ginga que são fiéis para a vida, uito mais que a maior parte dos homens e mulheres. Mas pronto, a verdade é que os homens pouco ou nada sabem sobre a vida vivida, dia a dia, dos animais. Fica-lhes bem, no seu pináculo, ignorarem esses seres menores.
Aqui há tempos um "comentário" ao texto "Buda" da Ana dizia assim:
"Poderia algum rato ou pássaro, por exemplo, sentir num gato um Buda ?"
Ora Bolas!! Quer dizer, a iluminação, que nem sequer é Amor, que nem sequer é pensamento, que exige aos monges Zen anos de silêncio mental, agora não pode ser atingida por animais que, teriam no mínimo mais facilidade que nós! Então ao menos não têm símbolos para os confundir. Uma árvore é uma árvore e a montanha é a montanha! Simplesmente! Porque não haveria um rato de ver num gato o Buda? Como podemos saber que isso é impossível?! Se nós transcendemos o instinto que estranheza seria que outros animais o fizessem também? Não serão os animais "domesticados" a prova óbvia de que o instinto é apenas um dos elementos que rege a sua acção?
Vou ser-vos muito sincero, a mim parece-me que este planeta não teria existido por seiscentos milhões de anos exuberante de vida, com todas as incontáveis histórias que por ele já passaram de seres sentientes sem que muitos Budas, sob a forma de animais, tenham vindo a existir. É claro que não o posso provar, mas também ninguém pode provar que algum Buda alguma vez tenha existido, aliás duvido até que alguém saiba com precisão explicar o que é um Buda, ou o que é preciso para ser Buda.
Vamos pensar por momentos que ser Buda é ver em todos e tudo um Buda, isto é, emanação perfeita do Divino, estando em plena comunhão com tudo! Ser Buda não é ser visto como Buda. Até o Santana Lopes pode ser visto como um buda, não significa que o seja de facto!
Ora porque é que um Albatroz, um Gato, um Leão, uma Águia, não poderiam atingir essa comunhão com tudo? Por falta de linguagem? Por falta de Amor? Pela influência do instinto?
Mas para que seria necessária a linguagem quando procuramos a comunhão?
E quem somos nós para falar de falta de amor, nós que fazemos guerras e comemos desnecessariamente tantos animais, criando-os como objectos descartáveis, é preciso dizer mais? Se na espécie humana o indivíduo consegue separar-se tanto do que é típico, porque não noutras espécies?
E em relação ao instinto não estaria um Buda ainda mais conectado com o seu instinto, assim como com tudo? Não estaria ainda mais presente nele do que em qualquer homem, ele para quem nem a gota de água poderia esconder por muito tempo o seu segredo?
A mim parece-me que é a arrogância do humano que quer desesperadamente achar-se especial.
Nós somos especiais, como a estrela Alcyone é especial, somos únicos, não precisamos de retirar a beleza a nada nem a ninguém, pedra, árvore, animal, planta ou buraco negro para nos afirmarmos no esplendor do nosso sorriso!
E além do mais, se eu disser que o meu gato é um Buda, quem me virá dizer o contrário? E desses quem me convencerá?
Ah!!!!
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5 comentários:
Vá lá, vá lá! Ao menos um ser humano está a ganhar um pouco de razão! Três miaus para o Luar Azul!
=^..^=
Obrigado meowarchy, se pudesse dava-te uma festinha com o Reiki que gostasses mais. Mas assim, deixo-te descansado na tua Meditação pois sei que é o que mais gostas (para além de dormir ^_^)
pssst - eu também sou um gatinho, disfarçado de humano, foi uma maldição porque um dia desprezei o descanso, e puff, logo apareci tranvestido de homo faber!! :(
Festinhas ronronantes ^_^
De nada! Quando a Revolução triunfar, vamos condecorar-te com a Ordem de São Pantufas da Sardinha Enlatada.
Uma roçadela nas tuas pernas,
=^..^=
Estes gatos estão a ficar um pouco dengosos... Daqui a pouco temos uma nova ninhada...
Uhauu Meowarchy !! Muito obrigado!!! Um prémio desses não pode ser comprado, tem de ser merecido!! Fico muito honrado!!
Um miau sentido para ti!!
^_^
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