O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Songs of Innocence

Iping down the valleys wild,
Piping songs of peasant glee,
On a cloud I saw a child,
And he, laughing, said to me:

'Pipe a song about a lamb!'
So I piped with merry cheer.
'Piper, pipe that song again;'
So I piped: he wept to hear.

'Drop thy pipe, thy happy pipe;
Sing thy songs of happy cheer!'
So I sang the same again,
While he wept with joy to hear.

'Piper, sit thee down and write
In a book, that all may read.'
So he vanished from my sight;
And I plucked a hollow reed,

And I made a rural pen,
And I stain'd the water clear,
And I wrote my happy songs
Every child may joy to hear.

William Blake (1757-1827)

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