sábado, 27 de dezembro de 2008
obrigada
Conhecer-se a si próprio é esquecer-se de si mesmo.
Esquecer-se de si mesmo é ser iluminado por tudo o que existe no mundo.
Dogen (monge budista japonês do séc. XIII)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
10 comentários:
já me havia cruzado algures com esta fotografia e o pensamento que aqui a faz acompanhar, é a meu ver um "casamento harmonioso"
às vezes as palavras ganham forma quando experimentámos começar a viver as palavras.
o conhecimento do self é uma longa estrada, por vezes tão abstracta que poucos assim a conseguem absorver.
Deixo outro pensamento, de Álvaro de Campos que muito me acompanha
"Começo a conhecer-me. Não existo."
Uma imagem (com palavras) vale mais que mil palavras (sem imagem)
1 pérola de sabedoria!
de facto, quando nos esquecemos (e isto supõe, obviamente, humildade, abnegação,abertura de espírito...) destacamo-nos no universo que nos envolve, pela nossa própria luz que assim irradia, pacificada (em harmonia).
Depende Virgilio! Depende!Por outro lado, e citando Robert Bresson ao referir-se a Vivaldi, "quando um violino é suficiente, não se deve utilizar dois".Neste caso, também concordo, que os "dois" fazem mais sentido!
Só quando nos esquecemos de nós,deixamos os egos adormecidos, o verdadeiro amor feito de pura dadiva acontece
beijinhos
Saúdo-vos a todos
Agradeço à maioria
Desculpem lá os modos
Mas a origem é algarvia.
Quando Ele por cá andou
Eu ainda não era gente
Mas desde que o li
Algo mudou
Não sei o quê
Mas é diferente.
É diferente o eu
É diferente o vós
Eu sou menos meu
Vós sois todos nós.
Mandamentos só dois
A ti própria faz-te conhecida
E só então e depois
Com conta, peso e medida.
Ab.
E como vives, Liliana, com esse pensamento?
"Começo a conhecer-me. Não existo."
(Álvaro de Campos, citado por Liliana Jasmim)
Meu caro X.,
Se bem que o mais estardalhaçante heterónimo de Pessoa por certo o não fosse, quem sabe pudesse ter-lhe ocorrido a si ler tal passagem com uns certos olhos, digamos, "existencialistas". Isso poderia ter sido de alguma boa valia.
Se bem que seja, em princípio, possível toda a pergunta, nem toda a pergunta pode ser aceitável.
E porque não aceitável? Porque só é realmente humano, desumano ou inumano questionar outrem quanto ao que nós mesmos nos já questionámos e, porventura, respondemos.
Se não, ou a pergunta é ociosa, ou é simplesmente ofensiva, por ser só desafiante sem querer ir ao próprio desafio.
Quer brindar-nos então com a resposta que deu a si mesmo, quanto a esta mesma pergunta, ou será que é segredo de estado (estado de X., claro)?
Assim poderíamos começar com uma mais consistente contribuição de quem levantou a questão.
Elementar, meu caro X.
(Aliás, acho que já o “vi”, por aqui, em alguma ocasião…)
O que tem vocês contra as coisas? Sabem o que são as coisas? São coisas!
:-)
Enviar um comentário