sexta-feira, 3 de outubro de 2008
CRIS-e
A coisa parece que está preta
Para os muros
muros, muralhas,
fortalezas
contrafortes
sobretudo estas coisas todas em língua de
S. Magestade
-o inglês de Libra –
e do livra-te (acrescentamos nós em bom alentejano)
porque estas coisas todas
no esperanto actual se dizem WALL
para rimar com Fall
e o Berlin Wall
não foi mais do que o prenúncio de WALL-
Street
Fall
Estou- me nas tintas para que se desmorone
A fortaleza do dinheiro
- a Wall Street de Nova Iorque –
para que rua
o indigente Palácio da Bolsa de Lisboa
Roque
Amorim
Berardo
Cintra
Azevedo
Não me dizem nada
Abramovich diz-me muito menos
Do que MaiaKowsky
Prefiro de longe
O nosso se calhar teso Herberto Hélder
Ao multimilionário Bill Gates
Ó gente do dinheiro
Não há dollar
Libra euro
Que valha um poema ingénuo do
Mais obscuro e anónimo dos poetas
A vossa fama passa
A vossa ganância de dinheiro morre com o vosso
Último suspiro.
Estão agora à rasca? Tremem que nem varas verdes
Pela insegurança dos frutos
Das vossas falcatruas?
Tremam pois – a mim pouco me importa
A minha Bolsa de Poetas está segura
Pessoa
Eugénio
Ramos Rosa
Não precisam de injecções de capital
É neles que as minhas
Economias estão depositadas.
Leio-os quando vou para a cama
E adormeço
Como se não devesse nada ao Mundo
E o Mundo
A mim nada me devesse.
E como é bem melhor
Ó fátuos milionários de pechisbeque
Com um “principezinho” levitar
Do que fazer todas as viagens
Que possam estar
Nos teus livros de cheques
Para os muros
muros, muralhas,
fortalezas
contrafortes
sobretudo estas coisas todas em língua de
S. Magestade
-o inglês de Libra –
e do livra-te (acrescentamos nós em bom alentejano)
porque estas coisas todas
no esperanto actual se dizem WALL
para rimar com Fall
e o Berlin Wall
não foi mais do que o prenúncio de WALL-
Street
Fall
Estou- me nas tintas para que se desmorone
A fortaleza do dinheiro
- a Wall Street de Nova Iorque –
para que rua
o indigente Palácio da Bolsa de Lisboa
Roque
Amorim
Berardo
Cintra
Azevedo
Não me dizem nada
Abramovich diz-me muito menos
Do que MaiaKowsky
Prefiro de longe
O nosso se calhar teso Herberto Hélder
Ao multimilionário Bill Gates
Ó gente do dinheiro
Não há dollar
Libra euro
Que valha um poema ingénuo do
Mais obscuro e anónimo dos poetas
A vossa fama passa
A vossa ganância de dinheiro morre com o vosso
Último suspiro.
Estão agora à rasca? Tremem que nem varas verdes
Pela insegurança dos frutos
Das vossas falcatruas?
Tremam pois – a mim pouco me importa
A minha Bolsa de Poetas está segura
Pessoa
Eugénio
Ramos Rosa
Não precisam de injecções de capital
É neles que as minhas
Economias estão depositadas.
Leio-os quando vou para a cama
E adormeço
Como se não devesse nada ao Mundo
E o Mundo
A mim nada me devesse.
E como é bem melhor
Ó fátuos milionários de pechisbeque
Com um “principezinho” levitar
Do que fazer todas as viagens
Que possam estar
Nos teus livros de cheques
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4 comentários:
Platero
apostei tudo na mesma bolsa que a sua! E que valor o que eles nos dão e emprestam à vida...até o Herberto Helder...
Receba uma rosa poética, uma de Rilke para o seu jardim.
ainda esta semana escrevi sobre o poema continuum...foi bom ver aqui o nome deste poeta português: Herberto Helder.
Isabel
obrigado pela sua opinião. A nossa Bolsa - riquíssima e segura -não está sujeita aos sobressaltos mundanos de manobras das Finanças.
cada vez mais gente acredita na sua sustentabilidade até ao fim dos tempos - porque é feita de sonhos, que é a moeda mais segura que alguma vez foi inventada.
não foi isso que nos disse Gedeão?
beijinho para si
Foi. Este "foi" é um sorriso. Grande Gedeão que conheci novinha por causa do professor de português que tocava e cantava para me fazer sorrir, mas nos fazia florir. Há professores que são jardineiros e sabem os jardins poéticos de cor! Que grandes e que fortuna tão grande quando os deixam ser e poder ser.
Retribuo o beijinho que lanço também para as suas paisagens amplas, planas onde um dia de outono cheguei para ensinar. O primeiro livro que abri no Alentejo onde dei aulas foi de Rilke e chorei de tanta beleza dentro e fora de mim. Depois as flores floriram e os poetas continuaram a reflorescer por todo o lado.
Parabéns!...Um abraço!
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