domingo, 6 de janeiro de 2008
o segredo é que és tudo
e tudo te é
com a força imprevisível
que dá forma às flores
e alenta a maresia
quando de tarde o mundo se aquieta
com a sonolência dos pássaros
és cada onda do mar
e em cada uma te consumas
como em cada gota de chuva
ou em cada sombra na mordência do estio
porque no fundo
estás cá para isto
para te rasgares nos espinhos das silvas
que bordejam os caminhos que não existem
porque estás sempre onde é preciso
até que o sangue se te torne sidério
latejar de urtigas a entranharem-se na volúpia da carne
e as casas da tua infância
sejam alvéolos de esquecimento
onde as lembranças dos velhos da aldeia
vêm dormir a vida que os levou ao cemitério
até que nada de ti subsista
nem mar
nem estrelas por debaixo da terra
a germinar caminhos de ir além
e tudo te é
com a força imprevisível
que dá forma às flores
e alenta a maresia
quando de tarde o mundo se aquieta
com a sonolência dos pássaros
és cada onda do mar
e em cada uma te consumas
como em cada gota de chuva
ou em cada sombra na mordência do estio
porque no fundo
estás cá para isto
para te rasgares nos espinhos das silvas
que bordejam os caminhos que não existem
porque estás sempre onde é preciso
até que o sangue se te torne sidério
latejar de urtigas a entranharem-se na volúpia da carne
e as casas da tua infância
sejam alvéolos de esquecimento
onde as lembranças dos velhos da aldeia
vêm dormir a vida que os levou ao cemitério
até que nada de ti subsista
nem mar
nem estrelas por debaixo da terra
a germinar caminhos de ir além
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1 comentário:
o segredo é que és tudo
[...]
a germinar caminhos de ir além
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