quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
Se estiver interessado em Cursos de Introdução à Meditação Budista e ao Budismo, bem como sobre outros temas, como Religiões Comparadas, Fernando Pessoa, Mestre Eckhart, Saudade, Quinto Império, contacte: 918113021.
4 comentários:
E Joyce, que faria a Marilyn ?
De certeza que a transformaria numa personagem de "Ulisses". Mas qual? O próprio Ulisses a ceder ao canto das sereias?
Como Camões fez com o Gama e os nautas, deixando que cedessem aos encantos de Tétis e das ninfas, sem o qual nunca viveriam na Ilha dos Amores a plena conjunção do amor físico e da visão divina, transcendente do tempo e do espaço... Tenho notado que Camões inverte o paradigma da "Odisseia" de Homero e do heroísmo de Ulisses. Enquanto Ulisses foge à tentação de Calypso, que o retinha na sua ilha, e regressa a Ítaca, por fidelidade a Penélope e ao mundo humano, por nostalgia da pátria, Camões e os nautas só regressam à pátria, com as ninfas, tornadas esposas, porque não renunciaram à Ilha dos Amores e à experiência de iniciação e transcendência da mera condição humana que aí se lhes oferecia. Quando regressaram, como Camões torna claro, já não eram simples humanos, mas uma nova raça, andrógina, zelosa de restaurar no mundo "rebelde" a lei do Amor... Está tudo lá, nesse livro que cada vez menos se lê: "Os Lusíadas".
(cf. "Eros e iniciação em Luís de Camões", no meu site)
eu acho que só uma Marylin poderia verdadeiramente compreender o monólogo de Molly!
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