sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Coração súbito
O eu é mera assinatura… Falsificada, como todas as assinaturas.
Se persistires, um dia aplaudem o que primeiro escarneceram e condenaram. E vice-versa. A comédia do mundo…
Coisas lúgubres e tristes. Coisas mortas. Espantos negros, luzes perdidas. Tenebroso filão do oiro do mundo.
Surdo rumor do mundo: marulho do infinito na caverna do coração.
Ó meu Amor de antes de haver tempo, amo-te no esplendor dos nossos filhos: o céu e a terra, todas as coisas !
Desertamos do espanto. Queremos respostas. E por isso inventamos perguntas.
A filosofia nasce do espanto que mata à nascença. Vive, na melhor das hipóteses, da impossível saudade de a ele regressar.
Homens atónitos, estupefactos, seres de espanto e maravilha, são inúteis e improdutivos. Permanecem vivos, à margem da incontinente e acelerada marcha da humanidade para a exaustão, o esmagamento e a sepultura sob a funerária lápide de tantas actividades e realizações materiais e mentais.
Nada vês que te não veja. E nada há que de ver cego não seja.
Seja por ti que a noite brilhe !
Ser pobre é não haver mais que o infinito.
Sossega, meu amor, sossega. Já não há nada. Nem o que une nem o que separa. Já não há nada. És liberdade. Porque te prendes em ser livre ?
Apaga-te. Ilumina-te no esplendor de tudo.
A filosofia do sujeito e do objecto é a da ficção da sujeição e do gozo nisso: "bondage", fantasia sexual. Excitação e ilusão pura.
Ri de tudo, ri de ti, ri do rir. Emudece gárgula de tanto gargalhar !
Canto o fim de mim e do mundo, no coração dos desertos, na beira das falésias, no abismo dos oceanos, no cume das montanhas, na vastidão dos céus, na terrível vertigem da liberdade nua e do amor louco !
Se persistires, um dia aplaudem o que primeiro escarneceram e condenaram. E vice-versa. A comédia do mundo…
Coisas lúgubres e tristes. Coisas mortas. Espantos negros, luzes perdidas. Tenebroso filão do oiro do mundo.
Surdo rumor do mundo: marulho do infinito na caverna do coração.
Ó meu Amor de antes de haver tempo, amo-te no esplendor dos nossos filhos: o céu e a terra, todas as coisas !
Desertamos do espanto. Queremos respostas. E por isso inventamos perguntas.
A filosofia nasce do espanto que mata à nascença. Vive, na melhor das hipóteses, da impossível saudade de a ele regressar.
Homens atónitos, estupefactos, seres de espanto e maravilha, são inúteis e improdutivos. Permanecem vivos, à margem da incontinente e acelerada marcha da humanidade para a exaustão, o esmagamento e a sepultura sob a funerária lápide de tantas actividades e realizações materiais e mentais.
Nada vês que te não veja. E nada há que de ver cego não seja.
Seja por ti que a noite brilhe !
Ser pobre é não haver mais que o infinito.
Sossega, meu amor, sossega. Já não há nada. Nem o que une nem o que separa. Já não há nada. És liberdade. Porque te prendes em ser livre ?
Apaga-te. Ilumina-te no esplendor de tudo.
A filosofia do sujeito e do objecto é a da ficção da sujeição e do gozo nisso: "bondage", fantasia sexual. Excitação e ilusão pura.
Ri de tudo, ri de ti, ri do rir. Emudece gárgula de tanto gargalhar !
Canto o fim de mim e do mundo, no coração dos desertos, na beira das falésias, no abismo dos oceanos, no cume das montanhas, na vastidão dos céus, na terrível vertigem da liberdade nua e do amor louco !
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1 comentário:
SUBLIME ! "Coração súbito" !
Desfaço-me na mensagem e beleza destas palavras e deixo de existir... obrigada Professor !
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