O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

st


4 comentários:

Anónimo disse...

Estes, estou a vê-los do céu de Évora.


Um abraço entre ruas

Saudades

Luiz Pires dos Reys disse...

Que dizer do olhar, do ver e não ver, do olhar de ver, e do que um e outro encobrem e desocultam nesse fluxo e refluxo que é um mero encontro, um avistar, um roçar de espelhos?

Tudo isso mais cala no que nos fala, mais silencia no que nos segreda, mais nos comove no que nos guinda até ao instável, instante não-lugar onde sempre nos achamos e perdemos.

Gratidão é pouco, partilha é nada - o permutar intacto do indizível é (talvez) tudo!

Tapo a boca, de espanto e delícia!

muriloha disse...

Belíssimo! A eterna fugacidade da vida ...

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.