terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Altas Montanhas
Para lá da Montanha
Não havia Mar,
Só mais montanha
Nas montanhas,
os pescadores sem Mar
chamam-se pastores
Os peixes ganham pêlo,
que se transforma em lã
protecção do vento e do Sol
Os cardumes, são rebanhos
E o Azul, esse,
fica sempre por cima das cabeças
Não se entranha nas guelras
Nesses dias secos,
Há quem diga que a esperança
está do outro lado da estrada
e que basta atravessar
(a pedido de várias famílias... publico fora de horas e aproveito para dedicar este post à Fragmentus*, que me desculpem os restantes encorajadores)
Não havia Mar,
Só mais montanha
Nas montanhas,
os pescadores sem Mar
chamam-se pastores
Os peixes ganham pêlo,
que se transforma em lã
protecção do vento e do Sol
Os cardumes, são rebanhos
E o Azul, esse,
fica sempre por cima das cabeças
Não se entranha nas guelras
Nesses dias secos,
Há quem diga que a esperança
está do outro lado da estrada
e que basta atravessar
(a pedido de várias famílias... publico fora de horas e aproveito para dedicar este post à Fragmentus*, que me desculpem os restantes encorajadores)
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8 comentários:
E nestas montanhas sopra o bom vento e por isso te sáudo e peço que, mesmo que andem remoinhos em terra, que escutes sempre, como fazes tão bem, o que sopra do Alto da Montanha, no âmago do espírito.
Muito bonito mesmo.
Abro a janela para comunicar, mas a beleza cala-me.
Sereia, a montanha era o mar, o mar fora antes montanha... e cada coisa só precisa do necessário para ser o que é: peixe,sereia, montanha...
Há dias secos e dias menos secos. São dias: há dias.
Eu e tu, Sereia, precisamos do mar e da montanha, e também do deserto...
É belo o teu texto e subtis as imagens. Bela coordenação entre aquele e estas.
Obrigada
Querida Sereia, estou a tentar falar-te pelo gmail mas o meu servidor não o permite, a ligação cai com frequência.
O que dizer? Que fiquei fascinada pelas analogias q aqui referiste, em jeito de embalo poético. Qdo as li, no blog do nosso amigo Vergílio Torres, fiquei a pensar de que o deverias postar em teu blog e aqui. E o "melganço" deu resultado...rsrs...com dedicatória e tudo, o q mt me emociona, acredita.
Acho-te simples, de bom coração, e educada. Ganha confiança neste género de partilha, pois todos nós enriquecemos assim os nossos fragmentos de (in)finitude. :)
A Serpente está a ficar poderosa, com o nosso contributo!!!
Um bj grnd de luz e paz
...Obrigada...
Belas fotos-olhares-palavras!
falta de homem e o vosso mal. mulher sem homem vira galinha tagarela
Aqui não se aplica, por certo, aquilo de "peixe fora de água", pois, por um um lado, Sereia não é peixe e, por outro, sendo o que for que ela seja, esta que aqui nos visita nada por Mar e por Marão, mares e marões.
É deste tipo de seres mais cumulados de aptidões e perfeição, e de mais ampla versatilidade no adaptarem-se a vários habitats do que nós, homens (os seres mais sublimes à face da terra, mas os únicos, porventura, que têm isso a que chamamos defeitos), poderemos aprender com o seu alto exemplo.
Grato, cara Sereia, pela sua sabedoria em não confundir mundos, mas antes uni-los, e pelo seu saber nadar em múltiplos mares e oceanos...
"Nas montanhas,
os pescadores sem Mar
chamam-se pastores"
Sem dúvida. Não querendo repetir o que já foi dito, quantas montanhas não foram já leito do mar? Bela analogia, belo jogo entre texto e imagem.
Deixo um abraço a todos e fico grata de coração por ter lido as vossas palavras*
Ventos do Bem,
sempre que eu possa vou ouvir, sim. Os que sopram da montanha são, para mim, tão importantes de ouvir, como os que vêm de nortada :)
Saudades,
preciso disso tudo, como tu. É verdade! :) E fico feliz porque sei que preciso mesmo de Mar, de Montanha, de Deserto
Vergílio
:)
Fragmentus,
Se não fosses tu... Provavelmente, este post não tinha saído do Mar :)
Tamborim,
Obrigada
Lapdrey,
Obrigada pelo seu comentário.
Gostei de ler nas suas palavras a minha vontade de UNIR mundos. Porque, de facto, sempre que possa e sempre que esteja ao meu alcance, uni-los-ei de coração. Mesmo que seja numa mensagem de bolg*
Madalena,
Como Sereia* é muitas vezes na montanha que me abrigo, quando não estou no Mar. E sinto-me igualmente protegida e abraçada pela terra*
Grata a todos*
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