O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 14 de fevereiro de 2009

mar de vidro

4 comentários:

Semente disse...

Ou o líquido, em estado sólido*

A solidificação fez-se em pequenos círculos, pequenas células arredondadas :)

Luiz Pires dos Reys disse...

"Textura" é, habitualmente, sempre replicação (enganadora?) de outro (des)nível da "realidade".

Assim me parece ocorra também com o "texto", e sua(s) textura(s)...

Mas tudo, afinal, remete para o puro olhar, e sua condição de paredes-meias com a "cegueira"...

(Grato pela belíssima "cegueira"!)

Anónimo disse...

Conhecer é desvelar... liinndoo!
Mar colmeia! mar de vidro fosco, espelho "martelado"; mar de som estalado; mar partida, mar de alargar, de ir de chegar! mar chegada! mar chegada!

Um beijo e até breve, Francisco!

fas disse...

Cada um por seu lado, vocês estiveram mesmo dentro do que eu tinha na cabeça.