terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Cioran e Pessoa: o levantar-se de haver nascido (em homenagem ao belo aforismo da Luísa)
"Beyond-God and Beyond-Being: Uncreated and Saudade in Fernando Pessoa" (11 de Fevereiro; 16:30-18), na Faculdade de Teologia e Estudos Religiosos. Desta é responsável a Joana Serrado.
"Emil Cioran and Fernando Pessoa: the Leap into the Absolute and the Escape Beyond God", no Colóquio 'Leaps' in literature: On Cioran's philosophical ars saltandi - Workshop em Rijksuniversiteit, 13 de Fevereiro, Academiegebouw, Broerstraat 5, room no. 7.
Organizador: Dagmara Kraus
Resumo desta conferência: "We can find in Emil Cioran and Fernando Pessoa a same urge to transcend existence and recover what's before being born. On the basis of that, this paper intends to compare Cioran's leap in the absolute, connected with the experience of ecstasy and trans-figuration, and Pessoa's evasion from God, leading to be free from being and not-being."
Que Deus me perdoe! E a Maria da Conceição também!
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7 comentários:
O meu único remorso é não ser mortal.
"Por necessidade de recolhimento livrei-me de Deus, desembaracei-me do último chato."
Caro "Emil",
Eu também estou trabalhando nisso, se bem que, na verdade, o criador do chato haja sido eu mesmo (o que quer que isso - eu mesmo - signifique), que construí um "Deus" que eu constantemente tratava zelosamente de fazer ter recaídas em simples "ídolo"...
Caro "Deus",
Eu também sou um grande mentiroso, sobretudo a Ti , "Deus"!
Eu nem já remorso tenho de não ser divino. Por uma razão simples: sou divino (como todos somos) apenas porque me não anseio de ser demasiadamente humano, de acordo com a minha natureza própria ... seja ela o que for
Isso que a Ti mesmo chamas é auto-ídolo, vírus humano na pele inapreensível de Ti...
Pobre "Deus"... em processo viral de Deisuicídio...
Caro Paulo,
Seria bom (será!) ter retorno aqui, ou alhures, dessas conferências: esse diálogo Pessoa/Cioran vale muito o interesse...
Abraço!
Isto é tudo treta! Eles vão mas é todos - o PB, o Pessoa, o Cioran e Deus - para a Holanda beber copos e sabe-se lá o que mais!
Um certo amigo espectador mais "desolhado", se não fosse cegueta, até era capaz de também ir.
Mas, desconfiado como é - como todo o cego não de nascença ou como todo o que se faz de cego - desconfia até de si próprio.
Por isso, julga-se espectador da peça de que é o protagonista: faz de confiado na desconfiança, o que faz dele um confiante... no desconfianço.
Há cada emprego...
(Eh pá! Quem é este parvo deste Lapdrey, alguém me diz?)
Por mim, não sinto nenhuma vontade, ainda, de sair do ciclo da existência... às vezes tenho, por puro cansaço, mas a maior parte das vezes não. Estou tão longe ainda de saber tudo... tão, tão longe... enquanto não souber tudo, não tenciono evadir-me de Deus. Não, de forma alguma...
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