O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

paleta de cores para um retrato

Tempo frio
Cinzento

No balcão de zinco da Taberna
Um copo de aguardente
Com reverberações azuis
Afoga
Uma cândida amêndoa
Cor-de-rosa

4 comentários:

Semente disse...

hoje, finalmente, por aqui esteve sol, Platero :)

As cores mudaram, clareou-se, colorou-se tudo.

Hoje... mas amanhã... não se sabe

Beijinhos*

Isabel Santiago disse...

Uma paleta de sorrisos para o Platero.


Tenho aprendido a apreciar a beleza alegre e desordenadada dos que bebem, logo encantam.

Uma paletas de sons coloridos pela memória de um breve canto.

Anónimo disse...

Saúde, Platero!
Com ou sem Arco-Iris...

platero disse...

A Isabel Santiago e à Sereia
um "par de beijos"
coado pelo SOL. Ternura

ao Anónimo simpático - que escorripiche o Sol pelos lábios do crepúsculo.

perdoem-me a heliodependência