terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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Um espaço para expressar, conhecer e reflectir as mais altas, fundas e amplas experiências e possibilidades humanas, onde os limites se convertem em limiares. Sofrimento, mal e morte, iniciação, poesia e revolução, sexo, erotismo e amor, transe, êxtase e loucura, espiritualidade, mística e transcendência. Tudo o que altera, transmuta e liberta. Tudo o que desencobre um Esplendor nas cinzas opacas da vida falsa.
"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".
"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"
- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente
Saúde, Irmãos ! É a Hora !
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5 comentários:
Para que Fernando Pessoa ficasse totalmente zen, só faltava ele ter dito "viver os contrários, aceitando-os totalmente" em vez de "viver os contrários, não os aceitando".
abs,
Será que o Pessoa poderia ter sido Zen? Digo Zen, não zen!
Talvez haja por ali uns belos haiku em Alberto Caeiro e uns valentes koans em Álvaro de Campos.
Ah, e também não tinha reparado que Osho ainda "mexia"...
Bem, para que Osho ficasse totalmente pessoa, só teria faltado ele não ter dito estas palavras: "Para que Fernando Pessoa ficasse totalmente zen, só faltava ele ter dito 'viver os contrários, aceitando-os totalmente' em vez de 'viver os contrários, não os aceitando'.
Ou talvez devesse ter dito o contrário, ou o contrário de nada, sei lá... Isso seria bem mais Zen e mais zen também... e o contrariozinho também... etc.
Seja como for, assim fica o que já havia: um Osho duro de roer...
...Contradições são complementares do mesmo, opostos são necessários. Isso o aceitou Pessoa até às últimas consequências, penso. Daí ter sido “Osho” bem duro de roer, como diz Lapdrey. Aceitou-as Pessoa vivendo-as em criação Outra.
A meditação Zen, a visão Zen, é inaugural, funda e fundamental, mas os processos ou os caminhos, se os houver, são o menos que importa. E quando surge a Visão nenhuma palavra, contradição ou conceito o dirá por mediadores do verbo ou da sensação alheia. Nós somos o nosso mesmo laboratório. Pessoa terá sido o dele. Ainda nos fala mudo...
Agora está lá, para o Norte da Holanda, vejam só...
Abraço, Joana que não aparecia entre nós há muito tempo, um abraço de Saudades.
Que vai fazer o Pessoa à Holanda? Fumar erva ou vagabundear pela zona vermelha de Amesterdão?
Sim, porque não!? Se o Paulo e o Cioran me acompanharem... Oh! não digo mais nada...
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