segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Tango-gato
Dois corpos revolvendo-se buscando engolir-se sem retorno, mantendo tudo em movimento. As mãos de homem deslizando sobre o corpo de mulher, acariciando-lhe as formas, e sobre as formas buscando saber mais. Sobre um corpo resta sempre algum segredo não contado. Busca-se e rebusca-se então. A mulher insinua-se, o toque é-lhe suave, mas busca mais que o toque busca um contacto, quer ser desejada, terrivelmente desejada, o desejo de ser agarrada é melhor do que ser agarrada. O desejo de ser desejada é superior ao ser possuída, dança-se e acaricia-se. O jogo de corpos insinuando-se, desejando-se em contacto olhos nos olhos, mãos sobre pele, pele sobre pele, desejando que a dança jamais acabe.
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3 comentários:
E a dança não acaba...
:)
olha onde te descobri e nem sei como.
prosa poética, uma faceta literária que não te conhecia.
interessante... e não me atrevo a dizer mais.
Lindo... Sensual!
Ora vejam:
http://br.youtube.com/watch?v=obYqj4TLblQ&feature=related
E vivam los gactos y gactas.
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