O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


terça-feira, 28 de outubro de 2008

Curto Manifesto de uma Filosofia de Malandragem

Nunca seja escravo.

Sempre tenta atingir a liberdade maxima.

Sem esforco individual não ha roubo.

Nunca rouba o que pertence de verdade aos outros.

A unica coisa que pertence alguém e o pensamento e a vida.

Os objetos sao livres.

Tenta sempre diminuir a dor, o seu e dos outros.

Nunca trabalha para a mão alheia.

Vive o momento espontáneo.

A dor e inevitavel para os que querem dominar o prazer.

O corpo humano não é um objeto.

O prazer particular não tem valor, pois o prazer é para todos.

A dor verdadeira é espiritual, mas nunca material.

Sempre vai à praia quando possivel.
...

para continuar



8 comentários:

Anónimo disse...

Grande Malandro!

Ana Margarida Esteves disse...

ISto sim, e sabedoria!

Paulo Borges disse...

Os objectos são livres mas os sujeitos são sujeitos.

Anónimo disse...

Nunca seja escravo!? Que é esta civilização senão a democratização da escravatura!? Em nome de acabar com a escravatura de uns tornou-a a de todos! Tanto que já ninguém dá por isso!...

Paulo Borges disse...

A pior escravatura é a dos que se acham livres e nem sequer conseguem ser livres da sua confusão e agitação mental...

Anónimo disse...

O prazer para todos só nas orgias.

Anónimo disse...

onde e quando?

Anónimo disse...

...desde sempre e por todo o lado!