O CAMINHO DA SERPENTE

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

- Fernando Pessoa, O Caminho da Serpente

Saúde, Irmãos ! É a Hora !


sábado, 15 de março de 2008

A unidade na multiplicidade



Eu aprendi o que aprendi só depois de que os meus mestres me libertaram do hábito de apegar-me ao que eu considerava mestres e ensinamentos. Às vezes não tinha nada para fazer durante longos períodos. Outras vezes devia estudar coisas que não podia relacionar com aspirações superiores, por muito que tentasse.

(Zikiria ibn el-Yusufi)

1 comentário:

Anónimo disse...

Oh, que eu possa não ser!
Porque o não-ser canta
com a doce melodia da flauta:
para ele nós voltamos!

RUMI